quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Cientistas descobrem gene relacionado ao surgimento do câncer

Células com mutação no gene STAG2 têm maior risco de anomalia.
Descoberta vale para cânceres no cérebro, na pele e nos ossos.


Cientistas encontraram um gene cuja ausência provoca a aneuploidia – uma anomalia ligada ao surgimento o câncer. Essa anomalia consiste na mudança do número normal de cromossomos no núcleo de algumas células. A não ser nos casos em que o indivíduo tem alguma síndrome específica, as células humanas têm 46 cromossomos cada – exceto espermatozoides e óvulos, que têm 23.
A pesquisa publicada pela revista Science detectou que 20% das amostras de câncer no cérebro (glioblastoma multiforme), na pele (melanoma maligno) e nos ossos (sarcoma de Ewing) não produziam a proteína STAG2, por consequência de alguma mutação num gene com o mesmo nome.
Núcleo de célula cancerosa, sem o STAG2 (Foto: Science / AAAS)
Núcleo de célula cancerosa, sem o STAG2 (Foto: Science / AAAS)
Durante a divisão celular, esse gene é responsável pela separação de cromossomos repetidos. Dessa forma, a ausência do gene aumenta as chances de que as células resultantes da divisão tenham um número irregular de cromossomos. Essas células têm potencial para desenvolver o câncer.
“Há tempos, os cientistas têm buscado a base genética para a aneuploidia nas células cancerosas, e nosso estudo traz uma percepção substancialmente nova para esse processo”, afirmou Todd Waldman, um dos cientistas envolvidos na pesquisa.
“Nos cânceres que estudamos, mutações no STAG2 parecem ser o primeiro passo para a transformação de uma célula normal numa célula cancerosa”, prosseguiu. “Agora, estamos vendo se o STAG2 pode sofrer mutações na mama, no colo, no pulmão e em outros cânceres comuns nos seres humanos”.

Cientistas descobrem gene relacionado ao surgimento do câncer

Células com mutação no gene STAG2 têm maior risco de anomalia.
Descoberta vale para cânceres no cérebro, na pele e nos ossos.


Cientistas encontraram um gene cuja ausência provoca a aneuploidia – uma anomalia ligada ao surgimento o câncer. Essa anomalia consiste na mudança do número normal de cromossomos no núcleo de algumas células. A não ser nos casos em que o indivíduo tem alguma síndrome específica, as células humanas têm 46 cromossomos cada – exceto espermatozoides e óvulos, que têm 23.
A pesquisa publicada pela revista Science detectou que 20% das amostras de câncer no cérebro (glioblastoma multiforme), na pele (melanoma maligno) e nos ossos (sarcoma de Ewing) não produziam a proteína STAG2, por consequência de alguma mutação num gene com o mesmo nome.
Núcleo de célula cancerosa, sem o STAG2 (Foto: Science / AAAS)
Núcleo de célula cancerosa, sem o STAG2 (Foto: Science / AAAS)
Durante a divisão celular, esse gene é responsável pela separação de cromossomos repetidos. Dessa forma, a ausência do gene aumenta as chances de que as células resultantes da divisão tenham um número irregular de cromossomos. Essas células têm potencial para desenvolver o câncer.
“Há tempos, os cientistas têm buscado a base genética para a aneuploidia nas células cancerosas, e nosso estudo traz uma percepção substancialmente nova para esse processo”, afirmou Todd Waldman, um dos cientistas envolvidos na pesquisa.
“Nos cânceres que estudamos, mutações no STAG2 parecem ser o primeiro passo para a transformação de uma célula normal numa célula cancerosa”, prosseguiu. “Agora, estamos vendo se o STAG2 pode sofrer mutações na mama, no colo, no pulmão e em outros cânceres comuns nos seres humanos”.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Células tumorais expostas à "Quinta Sinfonia", de Beethoven, perderam tamanho ou morreram

Mesmo quem não costuma escutar música clássica já ouviu, numerosas vezes, o primeiro movimento da "Quinta Sinfonia" de Ludwig van Beethoven. O "pam-pam-pam-pam" que abre uma das mais famosas composições da História, descobriu-se agora, seria capaz de matar células tumorais - em testes de laboratório. Uma pesquisa do Programa de Oncobiologia da UFRJ expôs uma cultura de células MCF-7, ligadas ao câncer de mama, à meia hora da obra. Um em cada cinco delas morreu, numa experiência que abre um nova frente contra a doença, por meio de timbres e frequências.
A estratégia, que parece estranha à primeira vista, busca encontrar formas mais eficientes e menos tóxicas de combater o câncer: em vez de radioterapia, um dia seria possível pensar no uso de frequências sonoras. O estudo inovou ao usar a musicoterapia fora do tratamento de distúrbios emocionais.
- Esta terapia costuma ser adotada em doenças ligadas a problemas psicológicos, situações que envolvam um componente emocional. Mostramos que, além disso, a música produz um efeito direto sobre as células do nosso organismo - ressalta Márcia Capella, do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, coordenadora do estudo.
Como as MCF-7 duplicam-se a cada 30 horas, Márcia esperou dois dias entre a sessão musical e o teste dos seus efeitos. Neste prazo, 20% da amostragem morreu. Entre as células sobreviventes, muitas perderam tamanho e granulosidade.
O resultado da pesquisa é enigmático até mesmo para Márcia. A composição "Atmosphères", do húngaro György Ligeti, provocou efeitos semelhantes àqueles registrados com Beethoven. Mas a "Sonata para 2 pianos em ré maior", de Wolfgang Amadeus Mozart, uma das mais populares em musicoterapia, não teve efeito.
- Foi estranho, porque esta sonata provoca algo conhecido como o "efeito Mozart", um aumento temporário do raciocínio espaço-temporal - pondera a pesquisadora. - Mas ficamos felizes com o resultado. Acreditávamos que as sinfonias provocariam apenas alterações metabólicas, não a morte de células cancerígenas.
"Atmosphères", diferentemente da "Quinta Sinfonia", é uma composição contemporânea, caracterizada pela ausência de uma linha melódica. Por que, então, duas músicas tão diferentes provocaram o mesmo efeito?
Aliada a uma equipe que inclui um professor da Escola de Música Villa-Lobos, Márcia, agora, procura esta resposta dividindo as músicas em partes. Pode ser que o efeito tenha vindo não do conjunto da obra, mas especificamente de um ritmo, um timbre ou intensidade.
Em abril, exposição a samba e funk
Quando conseguir identificar o que matou as células, o passo seguinte será a construção de uma sequência sonora especial para o tratamento de tumores. O caminho até esta melodia passará por outros gêneros musicais. A partir do mês que vem, os pesquisadores testarão o efeito do samba e do funk sobre as células tumorais.
- Ainda não sabemos que música e qual compositor vamos usar. A quantidade de combinações sonoras que podemos estudar é imensa - diz a pesquisadora.
Outra via de pesquisa é investigar se as sinfonias provocaram outro tipo de efeito no organismo. Por enquanto, apenas células renais e tumorais foram expostas à música. Só no segundo grupo foi registrada alguma alteração.
A pesquisa também possibilitou uma conclusão alheia às culturas de células. Como ficou provado que o efeito das músicas extrapola o componente emocional, é possível que haja uma diferença entre ouví-la com som ambiente ou fone de ouvido.
- Os resultados parciais sugerem que, com o fone de ouvido, estamos nos beneficiando dos efeitos emocionais e desprezando as consequências diretas, como estas observadas com o experimento - revela Márcia.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Boatos e verdades no combate à dengue

Boatos e verdades no combate à dengue


É BOATO
1 - Pessoas muito brancas atraem a picada do Aedes?
Não, a cor da pele não aumenta o risco da mordida.
2 - Uma pessoa infectada passa diretamente para outra?
Não, somente a picada do Aedes transmite a doença. Mas é preciso ficar atento se alguém ficou doente pois é possível a presença de mosquitos contaminados no local.
3 - Doação de sangue transmite dengue?
Não. As pessoas que já tiveram dengue não passam a doença por meio do sangue doado.
4 - Mulheres menstruadas têm mais risco de contrair o caso mais grave?
Não, embora o fluxo sanguíneo alterado possa ser sinal de agravamento da doença.
5 - Piscina é foco da dengue?
Não, se a água for tratada com pH e cloro estabilizado nas doses indicadas para água em condições de banho.
6 - Praia é foco de dengue?
Não. Não é provável que o mosquito esteja em uma praia. Seu habitat não é a água salgada e ele prefere sombra. O Aedes aegypti é um mosquito caseiro, que prefere ambientes fechados. Na praia, ele não consegue estabilizar seu voo por causa do vento. Ele não gosta de temperaturas altas.
7 - Uma caixa d'água vazia sem tampa não tem ovos do mosquito?
Nem sempre. Eles podem estar inertes nas paredes. Se houver ovos nas paredes do recipiente e a água da chuva voltar a enchê-lo, os ovos entram de novo no ciclo de vida. O tempo de duração é de 500 dias.
8 - Vacina de febre amarela previne a dengue?
Não. Embora o vetor (mosquito) seja o mesmo, a vacina contra a febre amarela não combate a dengue. Os vírus são diferentes. Não há vacina contra a dengue, apenas testes. Médicos acreditam que possa existir vacina em cinco anos.
9 - Animais caseiros pegam dengue?
Cães, gatos e pássaros não pegam dengue. O mosquito gosta de seres humanos.
10 - Beijar transmite dengue?
Não se passa dengue por beijo nem por relação sexual.
11 - Apenas dengue hemorrágica mata?
Não é só a dengue hemorrágica que pode matar. A forma clássica também pode ser fatal.
12 - Aquário é foco da dengue?
Normalmente não são focos do mosquito. Além de ter água em movimento por causa dos filtros, os peixes são predadores naturais das larvas do mosquito.
13 - Só há risco de pegar dengue no verão?
Não. O mosquito pode atuar em todas as estações do ano, nas condições propícias à sua proliferação.
14 - Todo mundo picado contrai a doença?
Não são todas as pessoas picadas pelo mosquito que contraem a doença. As que têm mais defesas imunológicas podem ser picadas e não contrair a dengue. Há estudos que apontam que o cheiro ou a temperatura da pele podem ser atrativos ou não para o mosquito.
15 - Vela de andiroba impede que o mosquito esteja no ambiente?
Não há comprovação científica da eficácia.
16 - Complexo B impede que a pessoa contraia dengue?
Não há comprovação científica.
17 - Repelentes elétricos e eletrônicos livram a casa do Aedes.
Os elétricos, em líquido ou pastilha, evitam sua presença nos ambientes. Quando em locais ventilados, espalham-se homogeneamente. Os eletrônicos emitem um sinal sonoro, tornando o ambiente desagradável para o mosquito. Não causa danos à saúde. Mas não há garantia de eficácia contra o Aedes. No caso dos repelentes, mesmo que eles evitem a presença do mosquito momentaneamente, assim que seu efeito acabe, o Aedes volta.
18 - Borra de café nos pratos de plantas impede que larvas se desenvolvam para sempre?
O efeito da borra de café é aceito pelo especialista, mas sua eficácia não dura muito tempo. O melhor é eliminar o pratinho.
19 - Uma colher de água sanitária diluída em um litro de água nas plantas impede a proliferação do mosquito?
Não é recomendável porque as substâncias são voláteis e o efeito é passageiro. Também tem que ser calculado na dose certa. Diluída, não tem eficácia. Então, é melhor não usar.
20 - Ao chegar ao hospital é preciso fazer logo a sorologia?
O exame pode dar negativo e a pessoa estar infectada. O melhor é que o médico observe o quadro clínico da doença.
21 - A febre é o sintoma mais grave da dengue?
É justamente quando a febre cede que os sintomas mais graves podem aparecer, como dores fortes no abdome, tonteiras, vômitos, mãos e pés frios, falta de orientação e sangramento.
22 - Só se pega dengue uma vez?
Os anticorpos só garantem resistência ao tipo contraído. Os outros tipos podem ser desenvolvidos e a infecção é provavelmente mais grave.
23 - Calça comprida e meias não previnem a dengue?
Previnem sim, os locais preferidos dos mosquitos são pés, pernas e calcanhares. O ideal é usar sempre calça, meia e sapato fechado, inclusive as crianças.
24 - O mosquito só se prolifera em água limpa?
Ao contrário do que se imaginava, ele também se prolifera em locais sujos.
25 - Fumo de rolo diluído em água espanta o Aedes?
Não há comprovação científica.
É VERDADE
1 - Em casos graves, é preciso voltar à unidade de saúde mesmo sem febre?
Sim. Se, na fase da doença em que a febre cedeu, houver sinais como dor abdominal, tonteira, sangramento e vômito é preciso correr de volta e rápido para a unidade de saúde. Para o leigo, estar sem febre é sinal que a doença melhorou. Isso é um engano. É justamente nessa fase, quando a febre cede, que, nos casos que se agravam, aparecem os sintomas que a pessoa tem que se preocupar: a tonteira, o sangramento, as dores e o vômito.
2 - É possível estar com dengue mesmo se o exame de sorologia der negativo?
Sim. A tendência é que a positividade apareça só depois do quinto dia, antes disso é possível um resultado negativo mesmo se a pessoa estiver infectada.
3 - Pessoas infectadas podem não apresentar sinais da doença?
É verdade. A estimativa é que em torno de metade dos infectados não apresente sinais de sintomas detectáveis. Pode até ter um leve mal-estar, uma dor de garganta, uma quadro de diarreia, mas nada que se pense em quadro clínico de dengue.
4 - A pessoa pode já ter tido dengue e não saber?
Sim, nos casos bem brandos, que não complicam, a pessoa pode estar com dengue e não saber.
5 - Se a pessoa contrair dengue pela segunda vez a tendência é que seja mais grave?
Sim, uma hipótese é que a pessoa infectada desenvolva dois tipos de anticorpos. Um deles, neutralizante, que vai impedir que volte a contrair a doença do tipo que ela já teve. Ou seja, se a pessoa já teve a dengue tipo 2 não terá de novo. Mas não neutraliza outro tipo da doença no futuro.
6 - A chegada da dengue tipo 4 é preocupante?
Sim, o tipo 4 em si não é pior, mas circulando depois que os outros, aumenta a possibilidade de que quem já foi infectado pelos outros tipos possa ser de novo. “Não quero ser profeta do caos, mas essa quinta epidemia provavelmente será muito maior. Se observarmos o que vem acontecendo, embora as equipes médicas estejam ganhando mais experiência, o vírus fica mais agressivo porque circula numa população que já teve outros tipos de dengue”, diz o pediatra e infectologista Edmilson Migowski.
7 - É possível contrair a dengue hemorrágica mesmo sem ter tido o tipo clássico?
Sim. Tudo vai depender da intensidade do vírus e da resistência do paciente
8 - A carga do vírus é diferente a cada caso?
Sim, por exemplo, se a pessoa tiver sido picada por várias fêmeas do mosquito Aedes aegypti pode ter recebido uma carga maior do vírus e terá um quadro de maior gravidade. A lógica que os médicos seguem em qualquer tipo de infecção é a seguinte: carga do agente infeccioso multiplicada pela agressividade do vírus e o resultado dividido pela resposta imunológica do paciente.
9 - A pessoa deve beber muito líquido?
A ingestão de muito líquido é fundamental e pode salvar a vida do paciente com dengue. É preciso beber muita água para hidratar o corpo e fazer muito repouso.
10 - O aumento do fluxo menstrual pode ser sinal do agravamento da doença?
É verdade. O fluxo menstrual aumentado é um dos sinais de alarme. Embora a menstruação, em si, não cause nenhum agravamento da doença. Mas se a mulher infectada estiver menstruada e sentir aumento do fluxo deve procurar a unidade de saúde porque é um dos sinais de que o quadro está piorando.
11 - A fase em que a pessoa está se recuperando deve ser muito observada?
Sim. O fenômeno imune que provoca a saída de líquido dos vasos, causando as hemorragias, é a mais perigosa. A pessoa deve receber bastante líquido pela boca e, se estiver vomitando, deve receber soro por via venosa. A saída de líquido dos vasos torna o sangue mais grosso, a pressão reduzida, os órgãos têm a irrigação diminuída, o que pode causar falência múltipla dos orgãos.
12 - Extremidades frias e tonteira são sinais de agravamento do quadro?
Sim, se a dor no abdômen piorou, se aparece um sangramento na gengiva, no nariz, nas fezes, se o fluxo menstrual está aumentado e há queda da pressão arterial, tonteira e mãos e pés frios é preciso procurar a unidade de saúde com urgência.
13 - É verdade que a aspirina deve ser evitada?
Qualquer medicamento à base de ácido acetil salicílico é totalmente contra-indicado, pois pode acarretar sangramento. Os anti-inflamatórios (Aspirina, Voltaren, Cataflan) reduzem as dores e a febre, mas são perigosos porque promovem pequenas lesões no trato digestivo, que podem gerar hemorragias.
14 - Que a pessoa cria anticorpos?
Quando uma pessoa contrai determinada variedade da dengue, cria anticorpos genéricos, os IGM, que duram de três a quatro meses. Esses anticorpos são capazes de protegê-la mas não de modo completamente eficaz de todas as variedades da doença. Esses anticorpos são substituídos pelos IGG, que são mais específicos e fazem com que o indivíduo não seja mais infectado pela variedade de dengue já contraída, tendo imunidade àquele vírus pelo resto da sua vida. Os IGG aparecem do décimo quinto ao vigésimo dia da doença.
15 - A pessoa deve tomar cuidado com a medicação?
Sim. Embora outros antitermicos e analgésicos possam ser receitados, é preciso que seja com parcimônia porque nenhum medicamente se mostrou totalmente eficaz e seguro em pacientes com dengue.
16 - Que as mulheres são mais infectadas?
Sim. Normalmente, elas ficam mais em casa, um dos locais preferidos dos mosquitos, e usam saias e shorts, deixando à vista pés, pernas e tornozelos, locais preferidos do Aedes aegypti.
17 - O mosquito gosta de sombra e água fresca?
Sim, o Aedes é um mosquito caseiro, gosta de “sombra e água fresca". Seus locais preferidos são embaixo das camas, das mesas, das pias de banheiro e cozinha, nas cortinas. Ventiladores devem ser colocados no chão, porque os locais baixos são os preferidos dos mosquitos.
18 - A pessoa infectada pode transmitir o vírus para o mosquito?
Sim, e o contágio pode aparecer durante seis dias. Ou seja, um dia antes de começar a sentir os sintomas e nos cinco primeiros dias da doença. Se ela for picada pelo Aedes nessa fase, o mosquito poderá contaminar outras pessoas. Logo, é recomendado que as pessoas infectadas usem repelentes para não disseminar a dengue por meio dos mosquitos.
19 - Ar condicionado ajuda a evitar?
Sim, porque o Aedes não gosta de frio e foge de lugares com menos de 18 graus.
20 - Água corrente não tem risco?
Sim, na água corrente o Aedes não prolifera.
21 - As fêmeas do mosquito colocam seus ovos nas paredes dos recipientes?
Sim, as fêmeas põem ovos na parede do recipiente, próximo do nível da água. Mesmo que esteja seco, o ovo sobrevive por aproximadamente 500 dias. Se a água subir e atingir o ovo ele retorna de novo ao ciclo de vida.
22 - Que inseticidas funcionam?
Há duas categorias: os que usam uma substância chamada piretróide (molécula artificial que combate os insetos e que aparece com este nome no rótulo) e os que têm elementos organo-fosforados (que usam querosene na fórmula). A maioria dos aerossóis domésticos usam piretróide, que, segundo especialistas, é menos tóxico para seres humanos. Não devem ser aspergidos diretamente em pessoas, animais, plantas e aquários.
23 - Repelentes corporais devem ser usados?
Sim. Em creme, loção ou aerosol usam em suas fórmulas a molécula de DEET, que forma uma camada protetora sobre a pele. Elementos que aparecem nos rótulos como o MGK e PVO ajudam a potencializar os efeitos repelentes.
24 - Os repelentes devem ser utilizados com moderação?
Sim. A maioria deve ser usada apenas três vezes ao dia e tem duração de algumas horas. Em caso de reações alérgicas, procure um médico. Recomenda-se lavar o corpo antes da reaplicação do produto.
25 - Crianças podem usar repelentes?
Sim, mas apenas a quantidade e o produto indicados pelo pediatra.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Cientistas divulgam resultados do maior censo já feito da vida marinha

Estudo de dez anos revela o efeito da atividade humana em ecossistemas marinhos antes inexplorados.

Uma das espécies inventariadas pelo censo da vida marinha

Lesma marinha, uma das espécies inventariadas pelo censo da vida marinha (Foto: Kacy Moody via BBC)

Cientistas divulgaram nesta segunda-feira os resultados do primeiro Censo da Vida Marinha - um estudo iniciado há dez anos que permitiu a descoberta de seis mil novas espécies em potencial.

O projeto internacional, que está ajudando a avaliar como a atividade humana está afetando ecossistemas marinhos antes inexplorados, envolveu mais de 2,7 mil pesquisadores de 80 países, que passaram 9 mil dias em ao menos 540 expedições nos mares.

Anêmona

Anêmona (Foto: Karen Gowlet-Holmes via BBC)

As pesquisas geraram 2,6 mil trabalhos científicos e a maior compilação existente no mundo sobre a vida nos oceanos.

O estudo "definiu pela primeira vez tanto o que era conhecido como o que era desconhecido e inexplorado nos oceanos", disse Ian Poiner, presidente do comitê do censo.

"Toda a vida na superfície depende da vida nos oceanos. A vida marinha fornece metade do nosso oxigênio, muito da nossa alimentação e o controle do clima."

Água-viva (Foto: Kevin Raskoff via BBC)

O recenseamento, iniciado no ano 2000, custou US$ 650 milhões e envolveu mais de 670 instituições globais, para tentar responder às questões: O que viveu nos oceanos? O que vive nos oceanos? O que viverá nos oceanos?

Segundo os estudiosos, das 6 mil novas espécies em potencial descobertas, 1,2 mil já foram descritas formalmente.

Mesmo assim, os cientistas do censo dizem que ainda é impossível estimar, com precisão, o número de espécies marinhas existentes.

FONTE: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2010/10/cientistas-divulgam-resultados-do-maior-censo-ja-feito-da-vida-marinha.html

domingo, 22 de agosto de 2010

Top 10: Animais estranhos e raros

site The List Universe fez uma lista de animais com aparência bem estranha. Todos os membros desta seleção ainda vivem entre nós. Mas muitos deles estão ameaçados de extinção. A maioria corre perigo devido ao desmatamento que acaba com o habitat muito especifico onde vivem os bichos. Outros animais estão correndo o risco de serem exterminados da Terra justamente por sua aparência incomum que atrai colecionadores, como é o caso do número 2. Confira:

10. Proteus anguinus

  DivulgaçãoÉ um anfíbio cego, o único de sua espécie, muito comum em águas subterrâneas de cavernas no sul da Europa. Vive exclusivamente em lugares sem luz, é também conhecido pelos habitantes da região como peixe humano por causa da cor de sua pele. Apesar dos olhos atrofiados, seu olfato e audição são muito desenvolvidos.

9. Tremoctopus violaceus

Editora Globo

Também conhecido como polvo de véu, a fêmea desta espécie é 40.000 vezes mais pesada do que o macho. Enquanto ela mede até dois metros de comprimento, ele chega aos míseros 2,4 cm. A fêmea costuma estender seu véu quando ameaçada para parecer maior e mais assustadora do que já é.
>> Top 10: filmes de animais assassinos

8. Centrolenidae

Editora Globo

As rãs desta família são caracterizadas pela pele quase transparente. Vivem em florestas úmidas da América Central e do Sul. Também conhecida como rã de vidro, quase todos os seus órgãos são aparentes.
7. Psychrolutes marcidus

Editora Globo

O blobfish, ou o peixe mais feio do mundo, é raramente encontrado vivo. Habitante das águas profundas do mar da Austrália e Tasmânia, tem consistência gelatinosa e densidade levemente menor que a da água, assim é quase levado por ela e usa pouco seus músculos flácidos.

>> Sociólogo defende o fim da propriedade dos animais

6. Archaeidae

Editora Globo

Uma família de aranhas com que só come outras aranhas. A forma estranha, composta por pescoço e pinças alongadas ajuda na caçada. Conhecidas como aranhas assassinas ou pelicanos, são encontradas na Austrália, Madagascar e África do Sul.

5. Sternoptychidae

Editora Globo

Esta família de peixe habita quase todos os oceanos, menos os de água mais gelada. Como proteus e blobfish, também vive em ambientes escuros. Conta com órgãos produtores de luz dos lados para enganar predadores.

4. Kiwa hirsuta

Editora Globo

Este caranguejo peludo é coberto, na verdade por cerdas semelhantes às de camarões. Ele usa suas cerdas para filtrar a água ao seu redor. Cego e incolor, também vive na escuridão.

3. Phycodurus eques

Editora Globo

Este dragão marinho é um peixe que vive disfarçado de alga. Vive na Austrália flutuando em águas superficiais. Por ser muito camuflado, caça por emboscada. Atualmente encontra-se ameaçado.

2. Uroplatus phantasticus

Editora Globo

Mais conhecida como lagartixa satânica com cauda de folha, a espécie acima é natural da ilha de Madagascar. Mas, como vários animais da região, corre risco de ser extinta por causa da destruição de seu habitat e caça feita por colecionadores. A lagartixa usa sua aparência para camuflagem e, apesar do olhar satânico, só se alimenta de insetos.

1. Hemeroplanes cartepillar

Editora Globo

Parece, mas não é cobra. Trata-se de uma lagarta pouco conhecida e dificilmente avistada que vive nas florestas úmidas do México e América Central. Normalmente ela n”ao tem essa aparência assustadora, mas, quando é ameaçada, ganha as cores e o formato de uma cobra. Além de mimetizar cores, olhos e o formato da cobra, a lagarta simula ataques – inofensivos, já que ela não é venenosa. Esta lagarta fantasiada de cobra está muito ameaçada de extinção por causa do desmatamento.

FONTE:http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI165050-17770,00-TOP+ANIMAIS+ESTRANHOS+E+RAROS.html

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Deserto do Atacama, no Chile, vive período florido

Fenômeno climático raro faz desabrochar flores numa das regiões mais áridas do mundo

por Globo Rural Online | Fotos: Martin Bernetti/AFP e Ian Salas/EFE

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Em alguns anos, chuvas na região do Atacama provocam o fenômeno conhecido como "deserto florido" (foto: Martin Bernetti/AFP)

O Chile está assistindo a um fenômeno climático que mudou a face do deserto de Atacama, considerado um dos locais mais áridos do mundo. Em alguns anos, entretanto, ocorrem chuvas que resultam no chamado “deserto florido”, fazendo desabrochar variadas espécies de flores entre os meses de julho e agosto, e que podem durar até novembro.
O fenômeno natural está acontecendo desde o mês passado numa área entre as cidades de Copiapó e Vallenar, na região do Atacama. Nas fotos, tiradas ontem, aparece a flor conhecida localmente como pata-de-guanaco, uma referência a um animal da região, parecido com a lhama.

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Flor conhecida na região como pata-de-guanaco, em foto tirada em 16/08 (Ian Salas/EFE)

Leia Mais

FONTE: http://revistagloborural.globo.com/Revista/Common/0,,EMI163723-18095,00-DESERTO+DO+ATACAMA+NO+CHILE+VIVE+PERIODO+FLORIDO.html 17/08/2010

domingo, 28 de março de 2010

Australiano com sangue raro já salvou 2,2 milhões de bebês

Plasma sanguíneo de James Harrison é usado em vacina.
Em mais de uma década, ele fez 984 doações de sangue.

O australiano James Harrison, dono de um tipo sanguíneo raro, já salvou a vida de 2,2 milhões de recém-nascidos, incluindo a do próprio neto.

Seu plasma sanguíneo é usado na criação de uma vacina aplicada em mães para evitar que seus bebês sofram da doença de Rhesus, também conhecida como doença hemolítica ou eritroblastose fetal.

A doença causa incompatibilidade entre o feto e a mãe. A doença acontece quando o sangue da mãe é Rh- e, o do bebê é Rh+. Após uma primeira gravidez nestas condições ou após ter recebido uma transfusão contendo sangue Rh+, a mãe cria anticorpos que passam a atacar o sangue do bebê.

Vacina Anti-D previne a formação de anticorpos contra eritrócitos Rh-positivos em pessoas Rh-negativas

O sangue de Harrison, de 74 anos, no entanto, é capaz de tratar essa condição mesmo depois do nascimento da criança, prevenindo a doença.

Após as primeiras doações à Cruz Vermelha australiana, descobriu-se a qualidade especial do sangue de Harrison. Foi quando ele ganhou o apelido de "o homem com o braço de ouro".

"Nunca pensei em parar de doar", disse Harrison à mídia local. Em mais de uma década, ele fez 984 doações de sangue e deve chegar a de número mil ainda nesse ano.

Harrison se tornou voluntário de pesquisas e testes que resultaram no desenvolvimento de uma vacina conhecida como Anti-D, que previne a formação de anticorpos contra eritrócitos Rh-positivos em pessoas Rh-negativas.

Antes da vacina Anti-D, Rhesus era a causa de morte e de danos cerebrais de milhares de recém-nascidos na Austrália.

Aos 14 anos de idade, Harrison teve de passar por uma cirurgia no peito e precisou de quase 14 litros de sangue para sobreviver. A experiência foi o que o levou, ao completar 18 anos de idade, a passar a doar com constância o próprio sangue.

Seu sangue foi considerado tão especial que o australiano recebeu um seguro de vida no valor de um milhão de dólares australianos, o equivalente a R$ 1,8 milhão.

23/03/10 - 11h58 - Atualizado em 23/03/10 - 12h02

FONTE: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1541164-5603,00-AUSTRALIANO+COM+SANGUE+RARO+JA+SALVOU+MILHOES+DE+BEBES.html

terça-feira, 16 de março de 2010

Casal que fazia sexo em carro ligado dentro de garagem morre em Moscou

Ele foram intoxicados pelo monóxido de carbono, disse a polícia.
Segundo a polícia, eles teriam ligado o motor para se aquecer.

16/03/10 - 12h14 - Atualizado em 16/03/10 - 12h25

Um casal russo que estava tendo relações sexuais dentro de um carro estacionado em uma minúscula garagem morreu de intoxicação por monóxido de carbono, informou a agência de notícias Interfax nesta terça-feira (16).

"Um homem e uma mulher voltaram para o seu Volkswagen para ter relações sexuais... Provavelmente os amantes ligaram o motor para se aquecerem", disse a Interfax, citando a polícia de Moscou.

Durante um momento de "proximidade íntima", no sul de Moscou, o casal inalou o gás e morreu, disse a polícia.

Muitos russos mantém seus carros em garagens de ferro semelhantes a caixas próximas a suas casas.

FONTE:http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1531486-5602,00-CASAL+QUE+FAZIA+SEXO+EM+CARRO+LIGADO+DENTRO+DE+GARAGEM+MORRE+EM+MOSCOU.html

segunda-feira, 1 de março de 2010

Terremotos no Chile e no Haiti ocorreram por tipo distinto de movimento tectônico

Terremotos no Chile e no Haiti ocorreram por tipo distinto de movimento tectônico

O terremoto no Chile e o que atingiu o Haiti em 12 de janeiro são causados por fenômenos geológicos diferentes, embora ambos façam parte do lento e sutil movimento de placas tectônicas, que é constante.

A crosta da Terra é constituída por cerca de uma dúzia de grandes placas tectônicas (ou litosféricas), delimitadas por grandes “falhas”. O movimento da camada mais externa da Terra, mesmo que sejam só poucos centímetros por ano, produz tensões que vão se acumulando em vários pontos.

Os terremotos são efeitos desse processo geológico de acúmulo lento e liberação rápida de tensões entre as placas, quando as rochas atingem o limite de resistência e ocorre uma ruptura. O tamanho da área de ruptura, grande ou pequeno, determina se o evento será um abalo quase imperceptível ou um terremoto. Quanto maior a área de ruptura, maior a violência das vibrações emitidas.

Dependendo das características físicas das placas, do ângulo e da velocidade dos impactos, a trombada pode provocar o mergulho da placa mais densa sob a outra, o enrugamento e elevação das bordas das duas placas ou o deslizamento lateral entre ambas. A falha de San Andreas , na Califórnia, é desse tipo: as placas têm densidades semelhantes que colidem obliquamente.

O terremoto no Chile foi um exemplo de mergulho de uma placa (a de Nazca, no Oceano Pacífico) para debaixo da outra (a Sul-Americana). O terremoto no Haiti foi um deslizamento lateral entre placas (a Caribenha e a Norte-Americana, em um fronteira conhecida como Zona de Falha Enriquillo-Plantain Garden).

Além disso, no caso do abalo no Chile, apesar de ter magnitude extrema (8,8), seu hipocentro foi no mar, a 35 km de profundidade. O do Haiti, com magnitude 7, foi a 10 km da superfície. Hipocentro é o ponto de ruptura inicial, também chamado de foco do tremor – ou onde início do terremoto “aconteceu mesmo”. Epicentro é a projeção do hipocentro na superfície.

Movimentação da América do Sul

O professor João Willy Corrêa Rosa, do Instituto de Geociências da Universidade de Brasília (UnB), explica que o choque entre as placas tectônicas na costa do Chile está associada ao movimento que a América do Sul faz em direção ao oeste, afastando-se da África.

"A tendência é o Oceano Atlântico ficar cada vez mais largo, cerca de 10 centímetros por ano, enquanto o Pacífico vai encurtando", conta Rosa. Segundo ele, o mesmo fenômeno também é responsável pelo surgimento da Cordilheira dos Andes e seus vulcões.

Número de mortos

Até a tarde desta segunda-feira (1º), as vítimas do terremoto do Chile não chegavam a 800. No Haiti, as últimas estatísticas indicam que o número de mortos passa de 230 mil.

Para Rosa, a diferença discrepante ocorre porque o ponto onde houve o terremoto haitiano era muito mais próximo a locais habitados do que no Chile. "O sismo do Haiti foi praticamente embaixo do centro da cidade".

O professor compara o terremoto a uma bomba. "É como se fosse uma explosão. Quanto mais longe, menor as consequências. No Chile, a sorte é que não foi próximo às maiores cidades".

Além disso, Rosa explica que as construções no Chile são mais preparadas para terremotos e o país tem um mapa das áreas de risco para prever quais são os lugares mais vulneráveis a terremotos.

'Filhotes' de terremoto

Assim como ocorreu no Haiti, os chilenos agora estão expostos ás chamadas "réplicas" do terremoto. São tremores menores que costumam ocorrer após um grande abalo sísmico.

"Quando há um terremoto grande ocorre um deslocamento razoável das camadas de rocha em profundidade. O que acontece depois é um acomodamento dessas camadas", ensina o diretor do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (USP), Colombo Tassinari.

Segundo ele, os tremores subsequentes costumam ser menores do que o principal. "Não costuma ocorrer outro grande terremoto em pouco espaço de tempo, mas em até um mês é possível que tenhamos outras réplicas", conta.

Tsunami

No Chile, os tremores provocaram um tsunami que atingiu a costa do país. O mesmo evento não foi registrado no Haiti. Segundo Rosa, da UnB, a explicação disso é a magnitude do abalo sísmico. "O terremoto do Chile liberou mais de cem vezes energia do que o terremoto do Haiti."

O professor conta que, ao contrário dos tremores, os tsunamis são previsíveis. "Se a população é alertada, os governos dessas localidades conseguem evacuar as áreas mais baixas e remover as embarcações dos portos para o mar aberto, onde a onda tem uma amplitude muito pequena."

Magnitude e intensidade

Um terremoto como o do Chile, com magnitude 8,8, é bastante raro. Essa “raridade” significa que ocorre um desses por ano, em média. Para entender: a fim de comparar os tamanhos relativos dos terremotos, o sismólogo americano Charles F. Richter, do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), formulou em 1935 uma progressão logarítmica com base na amplitude dos registros das ondas superficiais de choque captadas pelas estações sismológicas: cada ponto corresponde a 10 vezes a amplitude das vibrações do ponto anterior e a 30 vezes a energia liberada.

A “escala” Richter não tem limite inferior nem superior. Tremores tímidos podem ter magnitude negativa. O máximo depende só da natureza.

Existe uma outra medida, diferente da Richter, que é a escala de intensidade dos efeitos do tremor, chamada Mercalli Modificada, sempre estimada.

A Richter indica precisamente a magnitude do terremoto. A MM estima a intensidade do evento.

Ela classifica os efeitos que as ondas de choque provocam em um determinado lugar. É extraída de observação e relatos de vítimas, não de instrumentos. Portanto, está sujeita a subjetividades. Além disso, um tremor de alta magnitude no Japão, com edificações concebidas para resistir a terremotos, atinge pontos na escala Mercalli muito mais baixos do que em um país despreparado para enfrentar o fenômeno.

Terremotos com magnitude igual ou superior aos 7 graus na escala Richter, como o que atingiu o Haiti no dia 12 de janeiro, são mais comuns do que se pensa. De acordo com estimativa do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês), 17 tremores de magnitude entre 7 e 7,9 ocorrem todos os anos no mundo. Acima disso, pelo menos um terremoto com magnitude de no mínimo 8 é registrado anualmente. Terremotos entre 6 e 6,9 são mais de 130 por ano.

FONTE:http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1510491-5603,00-TERREMOTOS+NO+CHILE+E+NO+HAITI+OCORRERAM+POR+TIPO+DISTINTO+DE+MOVIMENTO+TEC.html


domingo, 31 de janeiro de 2010

Formigas doentes preferem ir morrer na solidão

Quando sente que vai morrer, a formiga abandona o formigueiro. Passa os últimos momentos na solidão.
Quase tão inesperado quanto o comportamento dos animais é o dos cientistas alemães responsáveis pela descoberta. O trabalho deles é passar o dia acompanhando um "Big Brother Formiga" e, depois, procurar explicar as atitudes dos animais.
O responsável pelo estudo é Jürgen Heinze, da Universidade de Regensburg (Alemanha), uma espécie de Pedro Bial do formigueiro. No caso das formigas moribundas solitárias, a explicação que ele propõe parte da ideia de que quase ninguém, na natureza, morre de velho.
Grandes grupos de seres idosos são uma anomalia histórica criada recentemente pelos humanos. Na vida selvagem, morre-se muito antes de envelhecer. Em geral, a razão é alguma doença, muitas delas transmissíveis. Imagine quantas vezes você já teria ficado à beira da morte se, como as formigas, não tivesse acesso à medicina.
A questão é que sociedades são o cenário perfeito para que doenças transmissíveis se espalhem. Como formigas são seres que vivem em complexas sociedades, afastar-se durante a doença é uma maneira muito eficiente de evitar que mais animais se contaminem no formigueiro. Em termos evolutivos, formigas que tinham esse comportamento beneficiavam a sobrevivência de toda a comunidade e, assim, de vários dos seus próprios genes.
Os cientistas não observaram as formigas doentes sendo atacadas por outras ou forçadas a abandonar os formigueiros. Elas simplesmente iam embora por "vontade" própria.
O trabalho foi feito com uma espécie em particular de formiga (aTemnothorax unifasciatus), mas os cientistas acreditam que encontrariam o mesmo altruísmo em outras espécies com a mesma estrutura de sociedade (leia mais ao lado), como abelhas ou vespas.
Espiadinha
Os cientistas retiraram os formigueiros de seus lugares de origem, no meio do mato, e os levaram para o laboratório. Eles foram delicadamente colocados em caixas de plástico, que facilitavam a observação de cada um dos animais.
"Foi algo bem fácil de fazer. Nós simplesmente sentamos em um microscópio e vemos o que está acontecendo. As colônias de T. unifasciatus [a espécie de formiga utilizada] são bastante pequenas, então, de poucos em poucos minutos, é possível rastrear o estado comportamental de todas as formigas", diz Heinze.
Foram vários os experimentos, que serão publicados na revista "Current Biology". Em um, os pesquisadores infectavam algumas formigas com fungos fatais e marcavam os animais destinados à morte com arame. Em outro, observavam formigas que morriam sozinhas, sem interferência humana. Em ambos os casos, os animais iam, salvo raras exceções, morrer no exílio.
Para Heinze, ainda há muito a pesquisar sobre as formigas, como o seu comportamento de acasalamento e os meios de resolução de conflitos, que podem acabar em lutas fatais.

FONTE:http://noticias.bol.uol.com.br/ciencia/2010/01/30/formigas-doentes-preferem-ir-morrer-na-solidao.jhtm

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Cientistas conseguem dar nó em feixe de luz

Experiência inédita foi possível graças a hologramas e à aplicação de teoria da matemática abstrata. (da BBC)

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Representação de nós em feixes de luzes. Feito dos cientistas britânicos é inédito (Foto: Universidade de Bristol/Divulgação )

Uma equipe de físicos britânicos conseguiu dar vários nós em feixes de luz, em uma experiência inédita relatada em artigo na revista científica "Nature Physics".

Segundo os especialistas, o feito foi possível graças à chamada "Teoria dos Nós", um ramo da matemática abstrata inspirado nos nós cotidianos, como os de cordas e sapatos.

"Em um feixe, o fluxo de luz no espaço é semelhante ao das águas de um rio", explicou Mark Dennis, da Universidade de Bristol e principal autor do estudo. "Apesar de correr em uma linha reta, a luz também pode fluir em voltas e redemoinhos, formando linhas no espaço chamadas de vórtices ópticos."

"Ao longo desses vórtices, a intensidade da luz é zero. Toda a luz à nossa volta é cheia dessas linhas negras, apesar de não podermos vê-las", disse.

Laser

Vórtices ópticos podem ser criados com hologramas que direcionam o fluxo de luz.

Neste estudo, a equipe desenhou hologramas usando a teoria dos nós. E com esses hologramas, conseguiram criar nós em vórtices ópticos.

Para os cientistas, a compreensão de como controlar a luz tem importantes implicações para a tecnologia a laser usada em vários campos, da medicina à indústria.

"O sofisticado desenho de hologramas necessário para a nossa experiência mostra um avançado controle óptico, o que pode sem dúvida vir a ser usado em futuros aparelhos a laser", disse Miles Padgett, da Universidade de Glasgow.

FONTE:  http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MRP1453502-5603,00.html

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Novos fósseis revelam um mundo cheio de crocodilos

WASHINGTON (Reuters) - Novos fósseis escavados no que hoje é o deserto do Saara revelam um mundo outrora pantanoso dividido entre algumas espécies de crocodilos diferentes e talvez inteligentes, disseram pesquisadores nesta quinta-feira.

As novas espécies -- identificadas por apelidos: CrocJavali, CrocRato, CrocCão, CrocPato e CrocPanqueca -- podem ajudar a entender por que os crocodilianos foram e continuam sendo uma forma tão bem sucedida de vida.

Eles viveram durante o Cretáceo -- 145 a 65 milhões de anos atrás -- quando os continentes ainda estavam unidos (Pajeia) e o mundo era mais quente e úmido que hoje.

"Ficamos surpresos por descobrir tantas espécies do mesmo tempo (época) no mesmo lugar", disse o paleontólogo Hans Larsson, da Universidade McGill, de Montreal, que participou do estudo.

"Cada crocodilo aparentemente tinha dietas e comportamentos diferentes. Parece que eles dividiram o ecossistema, com cada espécie tirando proveito dele à sua própria maneira."

Com verba da National Geographic, Larsson e Paul Sereno, da Universidade de Chicago, estudaram mandíbulas, dentes e os poucos ossos disponíveis dos animais. Também fizeram tomografias computadorizadas para olhar dentro dos crânios.

Duas das espécies -- o CrocCão e o CrocPato -- tinham cérebros diferentes dos crocodilos modernos. "Eles podiam ter uma função cerebral ligeiramente mais sofisticada do que os crocodilos (atualmente) vivos, porque a caça ativa sobre a terra habitualmente exige mais poder cerebral do que simplesmente esperar que a presa apareça", disse Larsson em nota.

O CrocRato, uma nova espécie formalmente chamada de "Araripesuchus rattoides", foi encontrada no Marrocos e teria usado sua mandíbula inferior com dentes elevados para fuçar em busca de comida.

O CrocPanqueca, conhecido cientificamente como "Laganosuchus thaumastos," tinha 6 metros de comprimento e uma cabeça comprida e chata.

O CrocPato representa novos fósseis achados no Níger de uma espécie previamente conhecida, chamada "Anatosuchus minor". Tinha um focinho largo e provavelmente se alimentava de larvas e sapos.

O mais feroz era o CrocJavali, também com 6 metros, mas que corria em pé e tinha uma mandíbula preparada para esmagar, com três pares de dentes cortantes.

Alguns eram bípedes, com as pernas em baixo do corpo, em vez de serem rastejantes e terem as pernas ao lado do corpo.

"Seus talentos anfíbios do passado podem ser a chave para entender como eles floresceram na era dos dinossauros e afinal sobreviveram a ela," escreveu Sereno em um artigo para a National Geographic.

http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1385768-5602,00-NOVOS+FOSSEIS+REVELAM+UM+MUNDO+CHEIO+DE+CROCODILOS.html

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Tratamento precoce de problemas oclusais e funcionais com OFM.

Por Cida Vidon em 12/11/2009

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A prevenção primária de problemas oclusais e funcionais é a amamentação natural ao seio, por, pelo menos, seis meses de vida do bebê.

Além do valor nutritivo do leite materno e do aspecto emocional, outras grandes vantagens estão ligadas a este ato materno. Quando a criança apreende o bico do seio ela faz uma respiração, exclusivamente, nasal. O ar que entra pelo nariz chega filtrado e aquecido aos pulmões e exerce uma pressão de dentro para fora que proporciona o crescimento do terço médio da face. Outra vantagem é que, para mamar, a criança movimenta a mandíbula (queixo) para baixo, para frente, para cima e para trás gerando um estímulo de crescimento do terço inferior da face de forma bilateral e harmônica. Os músculos estimulados serão, posteriormente, os músculos que irão participar da mastigação, assim que os elementos dentários chegarem nas arcadas. Neste período, as crianças precisam mastigar alimentos mais duros e consistentes e realizar uma mastigação bilateral e alternada, para os côndilos se desenvolverem, também, de forma harmônica e equilibrada.

Se houver necessidade de um desmame precoce, uma má oclusão pode se instalar, por interferência de hábitos viciosos orais nocivos (sucção de chupeta ou dedo), instalação de uma respiração bucal indesejada, posição incorreta da mandíbula ou falta de espaço para os dentes permanentes se posicionarem nas arcadas.

A Ortopedia Funcional dos Maxilares faz o diagnóstico e trata, precocemente, estes problemas oclusais e funcionais (respiração, mastigação, deglutição e outros), ainda na infância, proporcionando um crescimento equilibrado da face. É um tratamento multiprofissional com acompanhamento da Fonoaudiologia, Fisioterapia, Otorrinolaringologia, Psicologia e outras especialidades afins.

*Cida Vidon é paduana, ex-aluna do Colégio de Pádua, cirurgiã-dentista formada pela Universidade Gama Filho em 1988, especialista em Ortopedia Funcional dos Maxilares e Prótese Dental, professora dos cursos da ABOM, promove palestras e encontros sobre saúde bucal, prevenção de má oclusão em escolas, na Educação Infantil e Ensinos Fundamental e Médio; palestrante em Congressos Internacionais e Nacionais.

FONTE: http://www.debatesculturais.com.br/?p=2994

domingo, 4 de outubro de 2009

Sexo? Hoje não, querido

Colesterol alto pode ser o novo vilão do prazer feminino

A falta de excitação sexual feminina costuma ser explicada basicamente por fatores psicológicos. Traumas, culpas, desentendimentos com o parceiro, sabotagens despertadas pela rotina. Ou ainda por fatores culturais. O principal deles é a angústia de estar fora dos padrões de beleza, de não corresponder à imagem da mulher dos sonhos. Pouco se sabe até hoje sobre as limitações físicas que podem comprometer o prazer. Em raros casos o problema é atribuído ao baixo nível do hormônio estrógeno no organismo. Agora um outro fator desponta como um possível responsável pelo problema: o colesterol alto.
Segundo uma pesquisa publicada no Journal of Sexual Medicine, mulheres com colesterol alto apresentam pontuação mais baixa em questionários que avaliam o Índice de Funcionamento Sexual Feminino (FSFI). Elas relataram menos excitação, orgasmo, lubrificação vaginal e satisfação sexual do que as mulheres com índices normais de colesterol.
No grupo das mulheres com colesterol alto, 32% tiveram pontuação tão baixa que podem ser consideradas portadoras de disfunção sexual. O índice foi de apenas 9% entre as voluntárias com colesterol normal.
A pesquisa foi realizada por Katherine Espósito, da Seconda Università degli Studi, em Nápoles, na Itália. Mais de 500 mulheres que ainda não haviam entrado na menopausa participaram do estudo. Entravam no grupo do colesterol alto as que tinham LDL (o colesterol ruim) acima de 160 mg/dL; HDL (o colesterol bom) abaixo de 50 mg/dL ou triglicérides acima de 150 mg/dL.
Há muito tempo está provado que homens com excesso de colesterol e outras gorduras no sangue podem ter dificuldades de ereção. Isso ocorre porque o acúmulo de gordura nas paredes dos vasos sanguíneos pode reduzir o fluxo de sangue no tecido erétil.
Nas mulheres, porém, é bem mais difícil comprovar a relação entre colesterol alto e disfunção sexual. A equipe de Katherine partiu do princípio de que a excitação feminina depende em grande parte do aumento do fluxo sanguíneo nos genitais. Decidiu investigar e concluiu que existe mesmo uma relação entre as duas coisas.
“Esse estudo sugere que há uma forte conexão entre a excitação sexual feminina e doenças orgânicas da mesma forma como ocorre nos homens”, disse à Revista NewScientist o urologista Geoffrey Hackett, da Holly Cottage Clinic, no Reino Unido. “Atualmente, isso sequer é considerado.”
Perguntei a opinião do cardiologista Raul Dias dos Santos Filho, diretor da Unidade Clínica de Dislipidemias do Instituto do Coração (InCor), em São Paulo. “Nunca tinha visto dados como esses”, disse. “Um único estudo é capaz de mostrar uma associação entre as duas coisas. Mas não comprova que o colesterol alto seja de fato uma das causas da disfunção sexual feminina”, afirmou.
Só o tempo - e mais pesquisas - poderão esclarecer se essa é mesmo uma boa pista para ajudar a explicar tantas histórias de insatisfação na cama.

A mais ampla pesquisa sobre sexo já realizada no Brasil mostrou que 20% das mulheres raramente têm orgasmo. O estudo Mosaico Brasil, conduzido pela professora Carmita Abdo no ano passado e financiada pela empresa Pfizer, ouviu 8,2 mil homens e mulheres com mais de 18 anos em dez capitais.
O trabalho comprovou que a insatisfação sexual é mais comum entre as mulheres. Segundo o estudo, 31% das brasileiras se dizem insatisfeitas. Entre os homens, o índice é de 26%.
Quando os médicos atendem mulheres com disfunção sexual eles não investigam se elas têm colesterol alto. “Hoje isso nem passa pela cabeça deles”, diz Santos Filho.
Mesmo que não tenha qualquer queixa sexual, toda mulher deve controlar seus níveis de colesterol. Boa parte das mulheres não dá a devida atenção a isso. As mais jovens acham, erroneamente, que só as mais velhas precisam dosar os níveis de colesterol.
As que descobrem que estão com colesterol alto, acham que não vão morrer disso e descuidam do tratamento. “As mulheres controlam menos o colesterol do que os homens”, diz Santos Filho. “Isso é péssimo”.
Se algum dia ficar comprovada a influência do colesterol na qualidade de vida sexual, talvez as mulheres enxerguem uma boa razão para mantê-lo sob controle.
Como você avalia a sua vida sexual? Acha que o colesterol alto pode sabotar o prazer? Queremos ouvir a sua opinião.

FONTE: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI96678-15230,00-SEXO+HOJE+NAO+QUERIDO.htm

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

CIENTISTAS ENCONTRAM MAIS ANTIGO ANCESTRAL HUMANO NA ETIÓPIA

“Ardipithecus ramidus' viveu há 4,4 milhões de anos.
Descoberta indica que macacos e homens tiveram evolução distinta.”

A humanidade está 1 milhão de anos mais velha. Cientistas descobriram um ancestral dos homens atuais de 4,4 milhões de anos. O Ardipithecus ramidus (ou apenas “Ardi”, como é carinhosamente chamado) foi descrito minuciosamente por uma equipe internacional de cientistas, que divulgaram a descoberta em uma edição especial da revista “Science” desta semana.O espécime analisado, uma fêmea, vivia onde hoje é a Etiópia 1 milhão de anos antes do nascimento de Lucy (estudado por muito tempo como o mais antigo esqueleto de ancestral humano).“Este velho esqueleto inverte o senso comum da evolução humana”, disse o antropólogo C. Owen Lovejoy, da Universidade Estadual de Kent. Em vez de sugerir que os seres humanos evoluíram de uma criatura similar ao chimpanzé, a nova descoberta fornece evidências de que os chimpanzés e os humanos evoluíram de um ancestral comum, há muito tempo. Cada espécie, porém, tomou caminhos distintos na linha evolutiva."Este não é o ancestral comum, mas é o mais próximo que chegamos", disse Tim White, diretor do Centro de Evolução Humana da Universidade da Califórnia, em Berkeley. Os humanos atuais e os macacos modernos provavelmente tiveram um ancestral comum entre 6 milhões e 7 milhões de anos atrás.Ardi, porém, tem muitas características que não aparecem nos macacos africanos atuais, o que leva à conclusão de que os macacos evoluíram muito desde que nós dividimos o último ancestral comum.O estudo de Ardi, em curso desde que os primeiros ossos foram descobertos, em 1994, indica que a espécie vivia nas florestas e que poderia subir em árvores. O desenvolvimento de seus braços e pernas, porém, indica que eles não passavam muito tempo nas árvores: eles podiam andar eretos, sobre duas pernas, quando estavam no chão."Esta é uma das descobertas mais importantes para o estudo da evolução humana", disse David Pilbeam, curador de paleoantropologia do Museu de Arqueologia e Etnologia de Harvard. "É relativamente completo, na medida em que ficaram preservadas a cabeça, as mãos, os pés e algumas outras partes importantes. Ele representa um gênero possivelmente ancestral dos Australopithecus – que eram ancestrais do nosso gênero Homo", disse Pilbeam, que não fez parte das equipas de investigação.Os cientistas montaram o esqueleto do Ardipithecus ramidus (que significa “raiz dos macacos terrestres) com 125 peças do esqueleto encontradas.Lucy, também encontrada na África, prosperou um milhão de anos após Ardi e foi um dos Australopithecus mais semelhantes aos humanos."No Ardipithecus temos uma forma não especializada que não evoluiu muito em direção aos Australopithecus. Então, quando você olha da cabeça aos pés, você vê uma criatura que não é nem chimpanzé, nem é humano. É Ardipithecus", disse White.O pesquisador lembrou que Charles Darwin, cujas pesquisas no século 19 abriram o caminho para a ciência da evolução, foi cauteloso sobre o último ancestral comum entre humanos e macacos. "Darwin disse que temos de ter muito cuidado. A única maneira de sabermos como este último ancestral comum se parecia é encontrando-o”, afirmou White. “Em 4,4 milhões de anos, encontramos algo muito próximo a ele."

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O crânio e a mandíbula do Ardipithecus ramidus; animal foi descrito como o mais antigo ancestral do homem (Foto: Reprodução/Science)

FONTE: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1325897-5603,00-CIENTISTAS+ENCONTRAM+MAIS+ANTIGO+ANCESTRAL+HUMANO+NA+ETIOPIA.html

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Planta que come ratos é descoberta nas Filipinas

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Botânicos ingleses divulgaram a descoberta de uma espécie de planta carnívora que se alimenta não só de insetos, mas também de roedores. A planta produz um tipo de ácido com enzimas digestivas capaz de dissolver corpos inteiros de ratos, por exemplo. As informações são do site Telegraph.

Os ingleses, liderados por Stewart McPherson e Alastais Robinson, encontraram o exemplar no Monte Vitória, nas Filipinas, após seguir uma pista dada por missionários cristãos da região, que relataram, no ano 2000, terem avistado um enorme arbusto carnívoro.

- É incrível que este exemplar carnívoro tenha ficado incógnito até agora, no Século 21 - disse McPherson. Ele e sua equipe nomearam a planta como Nepenthes attenboroughii, em homenagem ao naturalista e ex-apresentador da BBC inglesa, David Attenborough.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Os erros mais freqüentes de quem malha Sexta, 5 de agosto de 2005, 11h07min

Muitas vezes o entusiasmo de quem acabou de se matricular em uma academia pode fazer com que o novo malhador exagere na dose.

Um dos erros mais comuns é buscar resultados imediatos a qualquer custo. "Tem gente que passa cinco anos sem se exercitar e quer que em menos de um mês o corpo fique como se nunca houvesse parado de treinar", comenta o personal trainer Marco Aurélio Viana.

Fique atento aos sinais de seu corpo. Aquela dorzinha depois dos exercícios é comum na primeira semana, mas, se persistir, pode mostrar que há algo errado, na carga ou na freqüência. Outro erro apontado pelos especialistas é não se alimentar para treinar. Isso é mais comum entre pessoas que buscam redução de medidas.

"Não é porque você quer emagrecer que tem de parar de comer ou comer muito pouco. Muita gente não sabe, mas quando se fica muito tempo em jejum ou comendo errado, o corpo passa a metabolizar massa magra, ou seja perder músculo", ensina Marco Aurélio Viana. Por isso, é ideal seguir uma alimentação balanceada, que contenha todos os grupos de alimentos.

Ao contrário do que muita gente acredita, os carboidratos jamais devem ser cortados do prato, já que fornecem pelo menos 40% de toda a energia que o corpo humano precisa.

Anabolizantes e GH: perigo à vista
Eles são usados por alguns dos praticantes de musculação, mas são condenados por grande parte dos especialistas. São vendidos de forma clandestina em muitas lojas e farmácias, e usados entre malhadores para garantir maior tônus muscular, aumentar a massa magra (queimar gorduras, no caso dos chamados fat burners).

Os anabolizantes são substâncias que potencializam os efeitos do exercício no corpo, recuperando as fibras musculares que foram anteriormente gastas ou danificadas durante a atividade. Entretanto, se usados de forma errônea, podem provocar não apenas retenção de líquidos e estrias, como também causam aumento da massa óssea e alterar as funções cardíacas, hepáticas e renais.

Outro produto de uso controvertido é o hormônio de crescimento, conhecido como GH. Ele é produzido pelo corpo até a adolescência, mas é usado por atletas e malhadores para "secar" o corpo.
Redação Terra
Leia esta notícia no original em:
Terra - Vida e Saúde 
http://saude.terra.com.br/interna/0,,OI617803-EI1498,00.html

quarta-feira, 22 de julho de 2009

VINHO DE JABUTICABA

Você vai aprender a fazer um delicioso vinho de jabuticaba e, com isso, revisar alguns conceitos da Biologia.

 

INGREDIENTES:

·        2 litros de jabuticaba (usar uma vasilha de 2 litros como medida). As jabuticabas devem estar frescas (colhidas na hora), secas (não as lave) e limpas (limpá-las apenas com um pano seco e limpo).

·        1/2 quilo de açúcar cristal.

·        1 pacotinho de fermento seco para pizza ou fermento de padaria.

·        1 copo de água.

 

MATERIAL:

·        1 vasilha de 2 litros.

·        1 vidro (ou PET) grande de boca larga com tampa. Você pode usar um desses garrafões de água ou um daqueles vidros de maionese.

·        2 vidros médios de boca estreita. Você pode usar esses garrafões de vinho de 3 litros ou de 5 litros.

·        1 rolha de cortiça perfurada e totalmente atravessada ao meio verticalmente. Para tampar o primeiro vidro de boca estreita.

·        1 rolha de cortiça sem perfuração. Para tampar o segundo vidro de boca estreita.

·        1 canudinho de plástico ou borracha. Você pode adquirir um daqueles canudinhos de aplicação de soro, pois o de refrigerante se quebra com muita facilidade.

·        1 funil.

  • Papel filtro.

·        1 copo de vidro transparente.

·        1 outro vidro (ou PET) de dois litros de boca estreita.

 

OBS: Evite que o interior de qualquer dos vasilhames usados esteja molhado ou úmido. Higienize-os com bastante antecedência com água limpa ou álcool e deixe-os secar.

 

PROCEDIMENTOS:

1 – Encha a vasilha de dois litros com as jabuticabas inteiras.

2 – Transfira as jabuticabas para o vidro de boca larga, acrescente o açúcar cristal e tampe o vidro.

3 – Durante três dias seguidos, balance bastante (pelo menos duas vezes ao dia) a mistura. Você verá que o suco da jabuticaba sairá do interior de sua casca sem que elas tenham sido estouradas e o açúcar se derreterá.

4 – Ao final dos três dias, com o auxílio do funil e com o papel filtro, transfira o líquido para o vidro de boca estreita. Descarte as jabuticabas que ficaram no vidro de boca larga. Mas antes, observe-as. Estoure algumas e veja como elas ficaram!!!

5 - Acrescente o fermento ao líquido que você obteve.

6 – Tampe o primeiro vidro de boca estreita com a rolha perfurada e atravesse-a com o canudinho de plástico ou borracha, sem deixar que a sua extremidade do interior do vidro toque a superfície do líquido. Mergulhe a extremidade oposta do canudinho na água do copo.

7 – Deixe a mistura assim por vários dias. Você perceberá que estarão saindo algumas borbulhas de gás na água do copo. Enquanto você perceber este fenômeno, aguarde.

8 – Quando pararem de sair as borbulhas, o vinho estará pronto.

9 – Com o auxílio do funil, transfira a mistura para o outro vidro de boca estreita e tampe-o com a outra rolha não perfurada. Agora o vinho estará pronto para ser servido, mas o ideal é deixá-lo envelhecer.

 

OBS: LEMBRE-SE SEMPRE: Bebidas alcoólicas só devem ser consumidas com moderação, por maiores de dezoito anos.

Muito bem!!! Agora que você já fez o experimento, responda a algumas perguntinhas básicas. Vamos lá???

a)      Se as jabuticabas não foram rompidas, como você explica que o suco atravessou as cascas? Qual é o nome do processo físico dessa passagem?

b)      Classifique, quanto à concentração, as soluções do meio interno das jabuticabas e do seu meio externo no interior do vidro de boca larga.

c)      Por que você acrescentou o fermento ao líquido no primeiro vidro de boca estreita? O que está presente nesse fermento?

d)      Como você explica a saída de gás na extremidade do canudinho que está mergulhada na água do copo? Que gás é esse?

e)      Explique o surgimento do álcool a partir do suco açucarado da jabuticaba.

f)        Demonstre a equação química do fenômeno ocorrido nessa produção do vinho de jabuticaba.

Boa sorte!!!

Quem sou eu

Santo Antônio de Pádua, Rio de Janeiro, Brazil
Professor