domingo, 4 de outubro de 2009

Sexo? Hoje não, querido

Colesterol alto pode ser o novo vilão do prazer feminino

A falta de excitação sexual feminina costuma ser explicada basicamente por fatores psicológicos. Traumas, culpas, desentendimentos com o parceiro, sabotagens despertadas pela rotina. Ou ainda por fatores culturais. O principal deles é a angústia de estar fora dos padrões de beleza, de não corresponder à imagem da mulher dos sonhos. Pouco se sabe até hoje sobre as limitações físicas que podem comprometer o prazer. Em raros casos o problema é atribuído ao baixo nível do hormônio estrógeno no organismo. Agora um outro fator desponta como um possível responsável pelo problema: o colesterol alto.
Segundo uma pesquisa publicada no Journal of Sexual Medicine, mulheres com colesterol alto apresentam pontuação mais baixa em questionários que avaliam o Índice de Funcionamento Sexual Feminino (FSFI). Elas relataram menos excitação, orgasmo, lubrificação vaginal e satisfação sexual do que as mulheres com índices normais de colesterol.
No grupo das mulheres com colesterol alto, 32% tiveram pontuação tão baixa que podem ser consideradas portadoras de disfunção sexual. O índice foi de apenas 9% entre as voluntárias com colesterol normal.
A pesquisa foi realizada por Katherine Espósito, da Seconda Università degli Studi, em Nápoles, na Itália. Mais de 500 mulheres que ainda não haviam entrado na menopausa participaram do estudo. Entravam no grupo do colesterol alto as que tinham LDL (o colesterol ruim) acima de 160 mg/dL; HDL (o colesterol bom) abaixo de 50 mg/dL ou triglicérides acima de 150 mg/dL.
Há muito tempo está provado que homens com excesso de colesterol e outras gorduras no sangue podem ter dificuldades de ereção. Isso ocorre porque o acúmulo de gordura nas paredes dos vasos sanguíneos pode reduzir o fluxo de sangue no tecido erétil.
Nas mulheres, porém, é bem mais difícil comprovar a relação entre colesterol alto e disfunção sexual. A equipe de Katherine partiu do princípio de que a excitação feminina depende em grande parte do aumento do fluxo sanguíneo nos genitais. Decidiu investigar e concluiu que existe mesmo uma relação entre as duas coisas.
“Esse estudo sugere que há uma forte conexão entre a excitação sexual feminina e doenças orgânicas da mesma forma como ocorre nos homens”, disse à Revista NewScientist o urologista Geoffrey Hackett, da Holly Cottage Clinic, no Reino Unido. “Atualmente, isso sequer é considerado.”
Perguntei a opinião do cardiologista Raul Dias dos Santos Filho, diretor da Unidade Clínica de Dislipidemias do Instituto do Coração (InCor), em São Paulo. “Nunca tinha visto dados como esses”, disse. “Um único estudo é capaz de mostrar uma associação entre as duas coisas. Mas não comprova que o colesterol alto seja de fato uma das causas da disfunção sexual feminina”, afirmou.
Só o tempo - e mais pesquisas - poderão esclarecer se essa é mesmo uma boa pista para ajudar a explicar tantas histórias de insatisfação na cama.

A mais ampla pesquisa sobre sexo já realizada no Brasil mostrou que 20% das mulheres raramente têm orgasmo. O estudo Mosaico Brasil, conduzido pela professora Carmita Abdo no ano passado e financiada pela empresa Pfizer, ouviu 8,2 mil homens e mulheres com mais de 18 anos em dez capitais.
O trabalho comprovou que a insatisfação sexual é mais comum entre as mulheres. Segundo o estudo, 31% das brasileiras se dizem insatisfeitas. Entre os homens, o índice é de 26%.
Quando os médicos atendem mulheres com disfunção sexual eles não investigam se elas têm colesterol alto. “Hoje isso nem passa pela cabeça deles”, diz Santos Filho.
Mesmo que não tenha qualquer queixa sexual, toda mulher deve controlar seus níveis de colesterol. Boa parte das mulheres não dá a devida atenção a isso. As mais jovens acham, erroneamente, que só as mais velhas precisam dosar os níveis de colesterol.
As que descobrem que estão com colesterol alto, acham que não vão morrer disso e descuidam do tratamento. “As mulheres controlam menos o colesterol do que os homens”, diz Santos Filho. “Isso é péssimo”.
Se algum dia ficar comprovada a influência do colesterol na qualidade de vida sexual, talvez as mulheres enxerguem uma boa razão para mantê-lo sob controle.
Como você avalia a sua vida sexual? Acha que o colesterol alto pode sabotar o prazer? Queremos ouvir a sua opinião.

FONTE: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI96678-15230,00-SEXO+HOJE+NAO+QUERIDO.htm

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

CIENTISTAS ENCONTRAM MAIS ANTIGO ANCESTRAL HUMANO NA ETIÓPIA

“Ardipithecus ramidus' viveu há 4,4 milhões de anos.
Descoberta indica que macacos e homens tiveram evolução distinta.”

A humanidade está 1 milhão de anos mais velha. Cientistas descobriram um ancestral dos homens atuais de 4,4 milhões de anos. O Ardipithecus ramidus (ou apenas “Ardi”, como é carinhosamente chamado) foi descrito minuciosamente por uma equipe internacional de cientistas, que divulgaram a descoberta em uma edição especial da revista “Science” desta semana.O espécime analisado, uma fêmea, vivia onde hoje é a Etiópia 1 milhão de anos antes do nascimento de Lucy (estudado por muito tempo como o mais antigo esqueleto de ancestral humano).“Este velho esqueleto inverte o senso comum da evolução humana”, disse o antropólogo C. Owen Lovejoy, da Universidade Estadual de Kent. Em vez de sugerir que os seres humanos evoluíram de uma criatura similar ao chimpanzé, a nova descoberta fornece evidências de que os chimpanzés e os humanos evoluíram de um ancestral comum, há muito tempo. Cada espécie, porém, tomou caminhos distintos na linha evolutiva."Este não é o ancestral comum, mas é o mais próximo que chegamos", disse Tim White, diretor do Centro de Evolução Humana da Universidade da Califórnia, em Berkeley. Os humanos atuais e os macacos modernos provavelmente tiveram um ancestral comum entre 6 milhões e 7 milhões de anos atrás.Ardi, porém, tem muitas características que não aparecem nos macacos africanos atuais, o que leva à conclusão de que os macacos evoluíram muito desde que nós dividimos o último ancestral comum.O estudo de Ardi, em curso desde que os primeiros ossos foram descobertos, em 1994, indica que a espécie vivia nas florestas e que poderia subir em árvores. O desenvolvimento de seus braços e pernas, porém, indica que eles não passavam muito tempo nas árvores: eles podiam andar eretos, sobre duas pernas, quando estavam no chão."Esta é uma das descobertas mais importantes para o estudo da evolução humana", disse David Pilbeam, curador de paleoantropologia do Museu de Arqueologia e Etnologia de Harvard. "É relativamente completo, na medida em que ficaram preservadas a cabeça, as mãos, os pés e algumas outras partes importantes. Ele representa um gênero possivelmente ancestral dos Australopithecus – que eram ancestrais do nosso gênero Homo", disse Pilbeam, que não fez parte das equipas de investigação.Os cientistas montaram o esqueleto do Ardipithecus ramidus (que significa “raiz dos macacos terrestres) com 125 peças do esqueleto encontradas.Lucy, também encontrada na África, prosperou um milhão de anos após Ardi e foi um dos Australopithecus mais semelhantes aos humanos."No Ardipithecus temos uma forma não especializada que não evoluiu muito em direção aos Australopithecus. Então, quando você olha da cabeça aos pés, você vê uma criatura que não é nem chimpanzé, nem é humano. É Ardipithecus", disse White.O pesquisador lembrou que Charles Darwin, cujas pesquisas no século 19 abriram o caminho para a ciência da evolução, foi cauteloso sobre o último ancestral comum entre humanos e macacos. "Darwin disse que temos de ter muito cuidado. A única maneira de sabermos como este último ancestral comum se parecia é encontrando-o”, afirmou White. “Em 4,4 milhões de anos, encontramos algo muito próximo a ele."

A

O crânio e a mandíbula do Ardipithecus ramidus; animal foi descrito como o mais antigo ancestral do homem (Foto: Reprodução/Science)

FONTE: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1325897-5603,00-CIENTISTAS+ENCONTRAM+MAIS+ANTIGO+ANCESTRAL+HUMANO+NA+ETIOPIA.html

Quem sou eu

Santo Antônio de Pádua, Rio de Janeiro, Brazil
Professor