quarta-feira, 29 de abril de 2009

Na histórias das epidemias, até salmonela já foi grande vilã

Peste negra devastou um terço da população europeia na Idade Média. Conheça algumas das principais epidemias já enfrentadas pelo homem.

Epidemias, como a recente gripe suína , causam pânico, preocupação e mortes. Sempre foi assim, desde que o homem começou a conviver com as bactérias, as formas de vida mais antigas do planeta. As doenças têm formas variadas, e as mortes podem ser provocadas tanto por uma enfermidade antiga quanto por um novo vírus.
Uma definição de epidemia é dada pelo infectologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e autor de "A Historia e Suas Epidemias", Stefan Cunha Ujvari: " são ocorrências de casos de uma doença em número superior ao esperado – esperado com base em cálculos, não em adivinhação."

Em muitos momentos da história, populações foram arrasadas por mortes em grande escala. A diferença em relação às epidemias atuais é que, antigamente, não eram conhecidas as causas de muitas doenças e não era possível, como hoje, fazer um trabalho preventivo.

"Hoje, com um mundo globalizado e grande acesso a informação e tecnologia, podemos controlar mais facilmente o desenvolvimento dos casos", explicou Ujvari em entrevista ao G1por telefone.

Doenças como cólera, varíola, sarampo e gripe mataram milhões de pessoas em diferentes épocas e lugares. Confira algumas das piores epidemias da história:

Praga de Atenas

No verão de 430 AC, uma epidemia assolou a cidade grega de Atenas. O historiador Tucidides, que sofreu ele próprio da doença, descreveu na época os sintomas como 'calores na cabeça, inflamação nos olhos, dores na garganta e na língua'. A epidemia ocorreu durante o começo da guerra do Peloponeso, entre Atenas e Esparta, e afetou o exército ateniense. De 25% a 35% da população de Atenas morreu vítima da doença.

Segundo o infectologista Stefan Ujvari, o que favoreceu as mortes foi a aglomeração de pessoas nos muros de Atenas por causa da guerra. "Isso funcionou como um caldeirão para a epidemia." Ele conta que a doença que provocou a praga ficou por muitos anos sendo um mistério. "Até que, há cinco anos mais ou menos, uma cova com corpos dessa época foi descoberta e, dentro dos dentes dos cadáveres, foi encontrado o material genético da salmonela."

Peste dos Antônios

Uma grande epidemia começou em 165 e no ano seguinte atingiu Roma, durando 15 anos. O nome era uma alusão à família que governava o império na época. Cerca de um terço da população morreu. No auge da epidemia, eram registradas quase duas mil mortes diárias em Roma.

Em 180, o próprio imperador Marco Aurélio foi morto pela doença. O médico Claudio Galeno descreveu na época a peste como tendo sintomas de febre, diarréia e erupções cutâneas.

Lepra na Europa medieval

Entre os anos 1000 e 1350, a lepra se desenvolveu na Europa. As vítimas sofriam lesões na pele, deformações e perda das extremidades. As pessoas eram isoladas e sofriam muito preconceito. Nessa época, muitos centros para leprosos foram criados, e a Igreja Católica controlava os doentes, sustentando que as lesões eram sinais de impureza religiosa. O doente identificado recebia uma cerimônia religiosa, a ‘missa dos leprosos’, em que ganhava trajes especiais e um instrumento sonoro para anunciar sua chegada a lugares públicos.

"Uma verdadeira perseguição aos leprosos ocorreu na época. Como a lepra não é uma doença altamente contagiosa, achamos que muita gente que tinha doenças de pele foi rotulada como tendo lepra", explicou Stefan Ujvari.

A pior de todos os tempos: a peste negra

Pior epidemia da história da humanidade segundo o infectologista, a peste bubônica matou um terço da população europeia. Com início em 1347, a doença se espalhou rapidamente, seguindo as rotas marítimas.

Em 1348, a doença já havia atingido as áreas mais densas dos mundos cristão e muçulmano. A peste chegou num momento de crise agrária e fome. Por volta de 1350, toda a Europa central e ocidental tinha sido afetada. Após essa grande epidemia, a doença não desapareceu e continuou provocando surtos de tempos em tempos.

Os sintomas da peste bubônica são mal-estar, febre, dores no corpo e inchaços do tamanho de um ovo, conhecidos como bubões. A coloração azulada que dá o nome à doença, ocorre pela falta de oxigenação da pele, pela insuficiência pulmonar.

Ratos com pulgas contaminadas pelo bacilo foram um grande fator de disseminação da peste na época. Segundo escreveu Ujvari em seu livro "A História e suas epidemias", "as epidemias encontram terreno propício nas regiões com aglomerações populacionais e condições precárias de higiene, em que ocorre grande proliferação de ratos dividindo espaço com os homens.”

Suor inglês: a doença misteriosa

A cidade de Londres foi alvo de uma epidemia no século XV. As características da doença eram febre intensa e calafrios. Em poucas horas, o paciente podia ter convulsões, entrar em coma e morrer. De cada três pessoas que apresentavam o sintoma, uma morria. A doença teve grandes surtos e chegou a atingir boa parte da corte de Henrique VIII. Cidades perderam quase a metade da população.

O ultimo surto da doença, em 1529, atingiu outros países, como Holanda, Rússia e Alemanha. Depois de um quinto surto, em 1551, quando matou 900 pessoas nos primeiros dias, a doença desapareceu completamente e permanece como um mistério ate hoje.

Cólera na era das máquinas

Em 1817, a cólera começou a se espalhar por áreas da Índia, onde já era endêmica. Alguns anos depois, atingiu o leste da Ásia e o Japão. Em 1820, Bangcoc, capital da Tailândia, reportou 30 mil mortes (numa população de 150 mil habitantes).

Dez anos mais tarde, em 1831, a doença chegou à Europa pela Inglaterra e atingiu os principais centros industriais e locais de moradia lotados, como cortiços. Durante a epidemia, quase 30 mil pessoas morreram no Reino Unido, a maioria pessoas pobres.

Gripe espanhola

Os soldados que lutavam nas trincheiras durante a Primeira Guerra Mundial em 1918 enfrentavam não apenas o frio, a chuva, a lama e o inimigo. Nessa época, uma gripe mortal acometeu tropas inteiras e logo se espalhou para a população civil, matando de 40 milhões a 50 milhões de pessoas, primeiro na Europa e nos EUA, depois na Ásia e nas Américas Central e do Sul. Há relatos de pessoas que acordavam bem e, no final da noite, estavam morrendo – tão rápido era o avanço da doença.

No Brasil, a gripe espanhola, como ficou conhecida, apareceu no final do ano, quando marinheiros desembarcaram doentes após uma ida à África. Segundo a Fundação Oswaldo Cruz, 65% da população adoeceu. “Só no Rio de Janeiro, foram registradas 14.348 mortes. Em São Paulo, outras 2.000 pessoas morreram”, diz o site da Fiocruz.

Gripe asiática

A doença atingiu a China nos anos de 1957 e 58 e chegou aos EUA matando mais de 70 mil pessoas. Diferente do tipo de vírus que causou a epidemia de 1918, esse era rapidamente identificado principalmente devido aos avanços da tecnologia médica. A Organização Mundial da Saúde estima que até 50% da população foi afetada, e a taxa de mortalidade era de uma pessoa a cada 4 mil. O numero de mortes no mundo passou de um milhão.

Gripe de Hong Kong

Nos anos de 1968 e 69, um outro tipo de gripe matou de 1 milhão a 3 milhões de pessoas - quase 34 mil só nos EUA e 30 mil na Inglaterra. Transmitida por aves, a doença matou em muito pouco tempo. Meio milhão de casos foram reportados em Hong Kong apenas nas duas primeiras semanas. A doença chegou nos EUA em setembro de 1968, por meio de soldados vindos do Vietnã. A vacina começou a ser fabricada dois meses após o surto.

Sars

A doença respiratória viral Sars (sigla em inglês para Síndrome Respiratória Aguda Grave) foi detectada pela primeira vez em fevereiro de 2003, na Ásia. Nos meses seguintes, se espalhou para mais de 12 países na América do Norte, na América do Sul, na Europa e na Ásia. A doença começa com uma febre alta e pode ter dores de cabeça, no corpo e mal-estar. A transmissão ocorre por contato próximo.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, um total de 8.098 pessoas ficaram doentes no mundo, das quais 774 morreram. No mesmo ano a epidemia foi controlada.

FONTE: http://g1.globo.com/Sites/Especiais/Noticias/0,,MUL1101132-16107,00-NA+HISTORIAS+DAS+EPIDEMIAS+ATE+SALMONELA+JA+FOI+GRANDE+VILA.html

terça-feira, 28 de abril de 2009

Saiba tudo sobre a gripe suína

Conheça os sintomas, como ocorre o contágio e como evitá-lo.
Já há drogas capazes de combater o vírus, diz órgão americano.

A gripe suína uma doença respiratória de porcos causada por um vírus influenza tipo A que causa regularmente crises de gripe em porcos. Ocasionalmente, o vírus vence a barreira entre espécies e afeta humanos. O vírus da gripe suína clássico foi isolado pela primeira vez num porco em 1930. Saiba o que conhecemos desta doença.

Quantos vírus de gripe suína existem?
Como todos os vírus de gripe, os suínos também mudam constantemente. Os porcos podem ser infectados por vírus de gripe aviária e humana. Quando todos contaminam o mesmo porco, pode haver mistura genética e novos vírus que são uma mistura de suíno, humano e aviário podem aparecer. No momento, há quatro classes principais de vírus de gripe suína do tipo A são H1N1, H1N2, H3N2 e H3N1.
Qual é o vírus que está causando a crise atual?
É uma versão nova do H1N1.
Como os seres humanos pegam gripe suína?
Normalmente, esses vírus não infectam humanos. Entretanto, vez por outra, mutações no vírus permitem que eles contaminem pessoas. Na maioria das vezes, os contágios acontecem quando há contato direto de humanos com porcos. Mas também já houve casos em que, após a transmissão inicial do porco para o homem, a partir dali o vírus passou a circular de pessoa para pessoa. Foi o caso de uma série de casos ocorridas em Wisconsin, EUA, em 1988. Nesses casos, a transmissão ocorre como a gripe tradicional, pela tosse ou pelo espirro de pessoas infectadas.
Consumir carne de porco pode causar gripe suína?
Não. Ao cozinhar a carne de porco a 70 graus Celsius, os vírus da gripe são completamente destruídos, impedindo qualquer contaminação.

 

O que fazer para evitar o contágio?

O CDC (Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos EUA) fez algumas recomendações para evitar a doença.

- Cubra seu nariz e boca com um lenço quando tossir ou espirrar. Jogue no lixo o lenço após o uso.

- Lave suas mãos constantemente com água e sabão, especialmente depois de tossir ou espirrar. Produtos à base de álcool para limpar as mãos também são efetivos.

- Evite tocar seus olhos, nariz ou boca. Os germes se espalham deste modo.

- Evite contato próximo com pessoas doentes.

- Se você ficar doente, fique em casa e limite o contato com outros, para evitar infectá-los.
Quais são os sintomas da gripe suína?
Os sintomas são normalmente similares aos da gripe comum e incluem febre, letargia, falta de apetite e tosse. Algumas pessoas com gripe suína também tiveram coriza, garganta seca, náusea, vômito e diarreia.

Gripe suína mata?

Ainda é cedo para ter estatísticas precisas, mas cerca de um em cada 15 a 20 casos da doença até agora diagnosticados resultou em morte -- taxa considerada alta.
Como se faz o diagnóstico de gripe suína?
Para identificar uma infecção por um vírus influenza do tipo A, é preciso analisar amostras respiratórias do paciente durante os primeiros 4 ou 5 dias da doença -- quando uma pessoa infectada tem mais chance de estar espalhando o vírus. Entretanto, algumas pessoas, especialmente crianças, podem manter o vírus presente por dez dias ou mais. A identificação do vírus é então feita em teste de laboratório.
Há medicamentos disponíveis para tratar infecções de gripe suína em humanos?

As drogas zanamivir e oseltamivir (nome comercial Tamiflu) já mostraram eficácia ao tratar ou ajudar na prevenção de infecção com vírus da gripe suína. Impressões iniciais dão conta de que essas drogas diminuem a agressividade do quadro infeccioso para a versão atual do H1N1 suíno.
Há vacinas para a gripe suína?

No momento, somente para porcos, que são mais constantemente afetados por esse tipo de vírus. Mas as autoridades já anunciaram estar trabalhando numa versão humana da vacina. As vacinações rotineiras de gripe feitas em humanos não combatem os vírus do tipo H1N1 que vêm dos suínos.

Fonte: CDC

http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1099624-5603,00-SAIBA+TUDO+SOBRE+A+GRIPE+SUINA.html

sexta-feira, 17 de abril de 2009

ILHA DAS FLORES

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Médicos descobrem árvore crescendo em pulmão de paciente

Cirurgiões na Rússia acreditavam que iriam retirar um tumor do pulmão de um paciente de 28 anos. No entanto, eles encontraram uma planta - de cerca de 5 centímetros - crescendo no interior do órgão do paciente. 
O incidente ocorreu na região dos Urais, segundo o diário "Komsomolskaya Pravda". Artyom Sidorkin reclamava de dor no peito e relatava aos médicos que tossia sangue. 
"Quando me disseram que haviam encontrado uma árvore no meu pulmão, pisquei e acreditei que estava delirando", conta Sidorkin. 
Os médicos acreditam que Sidorkin tenha inalado uma semente de um abeto - uma árvore conífera comum na América do Norte, Ásia e Europa -, que depois começou a brotar em seu pulmão.

http://g1.globo.com/Noticias/PlanetaBizarro/0,,MUL1083364-6091,00-MEDICOS+DESCOBREM+ARVORE+CRESCENDO+EM+PULMAO+DE+PACIENTE.html

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