terça-feira, 5 de outubro de 2010

Cientistas divulgam resultados do maior censo já feito da vida marinha

Estudo de dez anos revela o efeito da atividade humana em ecossistemas marinhos antes inexplorados.

Uma das espécies inventariadas pelo censo da vida marinha

Lesma marinha, uma das espécies inventariadas pelo censo da vida marinha (Foto: Kacy Moody via BBC)

Cientistas divulgaram nesta segunda-feira os resultados do primeiro Censo da Vida Marinha - um estudo iniciado há dez anos que permitiu a descoberta de seis mil novas espécies em potencial.

O projeto internacional, que está ajudando a avaliar como a atividade humana está afetando ecossistemas marinhos antes inexplorados, envolveu mais de 2,7 mil pesquisadores de 80 países, que passaram 9 mil dias em ao menos 540 expedições nos mares.

Anêmona

Anêmona (Foto: Karen Gowlet-Holmes via BBC)

As pesquisas geraram 2,6 mil trabalhos científicos e a maior compilação existente no mundo sobre a vida nos oceanos.

O estudo "definiu pela primeira vez tanto o que era conhecido como o que era desconhecido e inexplorado nos oceanos", disse Ian Poiner, presidente do comitê do censo.

"Toda a vida na superfície depende da vida nos oceanos. A vida marinha fornece metade do nosso oxigênio, muito da nossa alimentação e o controle do clima."

Água-viva (Foto: Kevin Raskoff via BBC)

O recenseamento, iniciado no ano 2000, custou US$ 650 milhões e envolveu mais de 670 instituições globais, para tentar responder às questões: O que viveu nos oceanos? O que vive nos oceanos? O que viverá nos oceanos?

Segundo os estudiosos, das 6 mil novas espécies em potencial descobertas, 1,2 mil já foram descritas formalmente.

Mesmo assim, os cientistas do censo dizem que ainda é impossível estimar, com precisão, o número de espécies marinhas existentes.

FONTE: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2010/10/cientistas-divulgam-resultados-do-maior-censo-ja-feito-da-vida-marinha.html

domingo, 22 de agosto de 2010

Top 10: Animais estranhos e raros

site The List Universe fez uma lista de animais com aparência bem estranha. Todos os membros desta seleção ainda vivem entre nós. Mas muitos deles estão ameaçados de extinção. A maioria corre perigo devido ao desmatamento que acaba com o habitat muito especifico onde vivem os bichos. Outros animais estão correndo o risco de serem exterminados da Terra justamente por sua aparência incomum que atrai colecionadores, como é o caso do número 2. Confira:

10. Proteus anguinus

  DivulgaçãoÉ um anfíbio cego, o único de sua espécie, muito comum em águas subterrâneas de cavernas no sul da Europa. Vive exclusivamente em lugares sem luz, é também conhecido pelos habitantes da região como peixe humano por causa da cor de sua pele. Apesar dos olhos atrofiados, seu olfato e audição são muito desenvolvidos.

9. Tremoctopus violaceus

Editora Globo

Também conhecido como polvo de véu, a fêmea desta espécie é 40.000 vezes mais pesada do que o macho. Enquanto ela mede até dois metros de comprimento, ele chega aos míseros 2,4 cm. A fêmea costuma estender seu véu quando ameaçada para parecer maior e mais assustadora do que já é.
>> Top 10: filmes de animais assassinos

8. Centrolenidae

Editora Globo

As rãs desta família são caracterizadas pela pele quase transparente. Vivem em florestas úmidas da América Central e do Sul. Também conhecida como rã de vidro, quase todos os seus órgãos são aparentes.
7. Psychrolutes marcidus

Editora Globo

O blobfish, ou o peixe mais feio do mundo, é raramente encontrado vivo. Habitante das águas profundas do mar da Austrália e Tasmânia, tem consistência gelatinosa e densidade levemente menor que a da água, assim é quase levado por ela e usa pouco seus músculos flácidos.

>> Sociólogo defende o fim da propriedade dos animais

6. Archaeidae

Editora Globo

Uma família de aranhas com que só come outras aranhas. A forma estranha, composta por pescoço e pinças alongadas ajuda na caçada. Conhecidas como aranhas assassinas ou pelicanos, são encontradas na Austrália, Madagascar e África do Sul.

5. Sternoptychidae

Editora Globo

Esta família de peixe habita quase todos os oceanos, menos os de água mais gelada. Como proteus e blobfish, também vive em ambientes escuros. Conta com órgãos produtores de luz dos lados para enganar predadores.

4. Kiwa hirsuta

Editora Globo

Este caranguejo peludo é coberto, na verdade por cerdas semelhantes às de camarões. Ele usa suas cerdas para filtrar a água ao seu redor. Cego e incolor, também vive na escuridão.

3. Phycodurus eques

Editora Globo

Este dragão marinho é um peixe que vive disfarçado de alga. Vive na Austrália flutuando em águas superficiais. Por ser muito camuflado, caça por emboscada. Atualmente encontra-se ameaçado.

2. Uroplatus phantasticus

Editora Globo

Mais conhecida como lagartixa satânica com cauda de folha, a espécie acima é natural da ilha de Madagascar. Mas, como vários animais da região, corre risco de ser extinta por causa da destruição de seu habitat e caça feita por colecionadores. A lagartixa usa sua aparência para camuflagem e, apesar do olhar satânico, só se alimenta de insetos.

1. Hemeroplanes cartepillar

Editora Globo

Parece, mas não é cobra. Trata-se de uma lagarta pouco conhecida e dificilmente avistada que vive nas florestas úmidas do México e América Central. Normalmente ela n”ao tem essa aparência assustadora, mas, quando é ameaçada, ganha as cores e o formato de uma cobra. Além de mimetizar cores, olhos e o formato da cobra, a lagarta simula ataques – inofensivos, já que ela não é venenosa. Esta lagarta fantasiada de cobra está muito ameaçada de extinção por causa do desmatamento.

FONTE:http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI165050-17770,00-TOP+ANIMAIS+ESTRANHOS+E+RAROS.html

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Deserto do Atacama, no Chile, vive período florido

Fenômeno climático raro faz desabrochar flores numa das regiões mais áridas do mundo

por Globo Rural Online | Fotos: Martin Bernetti/AFP e Ian Salas/EFE

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Em alguns anos, chuvas na região do Atacama provocam o fenômeno conhecido como "deserto florido" (foto: Martin Bernetti/AFP)

O Chile está assistindo a um fenômeno climático que mudou a face do deserto de Atacama, considerado um dos locais mais áridos do mundo. Em alguns anos, entretanto, ocorrem chuvas que resultam no chamado “deserto florido”, fazendo desabrochar variadas espécies de flores entre os meses de julho e agosto, e que podem durar até novembro.
O fenômeno natural está acontecendo desde o mês passado numa área entre as cidades de Copiapó e Vallenar, na região do Atacama. Nas fotos, tiradas ontem, aparece a flor conhecida localmente como pata-de-guanaco, uma referência a um animal da região, parecido com a lhama.

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Flor conhecida na região como pata-de-guanaco, em foto tirada em 16/08 (Ian Salas/EFE)

Leia Mais

FONTE: http://revistagloborural.globo.com/Revista/Common/0,,EMI163723-18095,00-DESERTO+DO+ATACAMA+NO+CHILE+VIVE+PERIODO+FLORIDO.html 17/08/2010

domingo, 28 de março de 2010

Australiano com sangue raro já salvou 2,2 milhões de bebês

Plasma sanguíneo de James Harrison é usado em vacina.
Em mais de uma década, ele fez 984 doações de sangue.

O australiano James Harrison, dono de um tipo sanguíneo raro, já salvou a vida de 2,2 milhões de recém-nascidos, incluindo a do próprio neto.

Seu plasma sanguíneo é usado na criação de uma vacina aplicada em mães para evitar que seus bebês sofram da doença de Rhesus, também conhecida como doença hemolítica ou eritroblastose fetal.

A doença causa incompatibilidade entre o feto e a mãe. A doença acontece quando o sangue da mãe é Rh- e, o do bebê é Rh+. Após uma primeira gravidez nestas condições ou após ter recebido uma transfusão contendo sangue Rh+, a mãe cria anticorpos que passam a atacar o sangue do bebê.

Vacina Anti-D previne a formação de anticorpos contra eritrócitos Rh-positivos em pessoas Rh-negativas

O sangue de Harrison, de 74 anos, no entanto, é capaz de tratar essa condição mesmo depois do nascimento da criança, prevenindo a doença.

Após as primeiras doações à Cruz Vermelha australiana, descobriu-se a qualidade especial do sangue de Harrison. Foi quando ele ganhou o apelido de "o homem com o braço de ouro".

"Nunca pensei em parar de doar", disse Harrison à mídia local. Em mais de uma década, ele fez 984 doações de sangue e deve chegar a de número mil ainda nesse ano.

Harrison se tornou voluntário de pesquisas e testes que resultaram no desenvolvimento de uma vacina conhecida como Anti-D, que previne a formação de anticorpos contra eritrócitos Rh-positivos em pessoas Rh-negativas.

Antes da vacina Anti-D, Rhesus era a causa de morte e de danos cerebrais de milhares de recém-nascidos na Austrália.

Aos 14 anos de idade, Harrison teve de passar por uma cirurgia no peito e precisou de quase 14 litros de sangue para sobreviver. A experiência foi o que o levou, ao completar 18 anos de idade, a passar a doar com constância o próprio sangue.

Seu sangue foi considerado tão especial que o australiano recebeu um seguro de vida no valor de um milhão de dólares australianos, o equivalente a R$ 1,8 milhão.

23/03/10 - 11h58 - Atualizado em 23/03/10 - 12h02

FONTE: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1541164-5603,00-AUSTRALIANO+COM+SANGUE+RARO+JA+SALVOU+MILHOES+DE+BEBES.html

terça-feira, 16 de março de 2010

Casal que fazia sexo em carro ligado dentro de garagem morre em Moscou

Ele foram intoxicados pelo monóxido de carbono, disse a polícia.
Segundo a polícia, eles teriam ligado o motor para se aquecer.

16/03/10 - 12h14 - Atualizado em 16/03/10 - 12h25

Um casal russo que estava tendo relações sexuais dentro de um carro estacionado em uma minúscula garagem morreu de intoxicação por monóxido de carbono, informou a agência de notícias Interfax nesta terça-feira (16).

"Um homem e uma mulher voltaram para o seu Volkswagen para ter relações sexuais... Provavelmente os amantes ligaram o motor para se aquecerem", disse a Interfax, citando a polícia de Moscou.

Durante um momento de "proximidade íntima", no sul de Moscou, o casal inalou o gás e morreu, disse a polícia.

Muitos russos mantém seus carros em garagens de ferro semelhantes a caixas próximas a suas casas.

FONTE:http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1531486-5602,00-CASAL+QUE+FAZIA+SEXO+EM+CARRO+LIGADO+DENTRO+DE+GARAGEM+MORRE+EM+MOSCOU.html

segunda-feira, 1 de março de 2010

Terremotos no Chile e no Haiti ocorreram por tipo distinto de movimento tectônico

Terremotos no Chile e no Haiti ocorreram por tipo distinto de movimento tectônico

O terremoto no Chile e o que atingiu o Haiti em 12 de janeiro são causados por fenômenos geológicos diferentes, embora ambos façam parte do lento e sutil movimento de placas tectônicas, que é constante.

A crosta da Terra é constituída por cerca de uma dúzia de grandes placas tectônicas (ou litosféricas), delimitadas por grandes “falhas”. O movimento da camada mais externa da Terra, mesmo que sejam só poucos centímetros por ano, produz tensões que vão se acumulando em vários pontos.

Os terremotos são efeitos desse processo geológico de acúmulo lento e liberação rápida de tensões entre as placas, quando as rochas atingem o limite de resistência e ocorre uma ruptura. O tamanho da área de ruptura, grande ou pequeno, determina se o evento será um abalo quase imperceptível ou um terremoto. Quanto maior a área de ruptura, maior a violência das vibrações emitidas.

Dependendo das características físicas das placas, do ângulo e da velocidade dos impactos, a trombada pode provocar o mergulho da placa mais densa sob a outra, o enrugamento e elevação das bordas das duas placas ou o deslizamento lateral entre ambas. A falha de San Andreas , na Califórnia, é desse tipo: as placas têm densidades semelhantes que colidem obliquamente.

O terremoto no Chile foi um exemplo de mergulho de uma placa (a de Nazca, no Oceano Pacífico) para debaixo da outra (a Sul-Americana). O terremoto no Haiti foi um deslizamento lateral entre placas (a Caribenha e a Norte-Americana, em um fronteira conhecida como Zona de Falha Enriquillo-Plantain Garden).

Além disso, no caso do abalo no Chile, apesar de ter magnitude extrema (8,8), seu hipocentro foi no mar, a 35 km de profundidade. O do Haiti, com magnitude 7, foi a 10 km da superfície. Hipocentro é o ponto de ruptura inicial, também chamado de foco do tremor – ou onde início do terremoto “aconteceu mesmo”. Epicentro é a projeção do hipocentro na superfície.

Movimentação da América do Sul

O professor João Willy Corrêa Rosa, do Instituto de Geociências da Universidade de Brasília (UnB), explica que o choque entre as placas tectônicas na costa do Chile está associada ao movimento que a América do Sul faz em direção ao oeste, afastando-se da África.

"A tendência é o Oceano Atlântico ficar cada vez mais largo, cerca de 10 centímetros por ano, enquanto o Pacífico vai encurtando", conta Rosa. Segundo ele, o mesmo fenômeno também é responsável pelo surgimento da Cordilheira dos Andes e seus vulcões.

Número de mortos

Até a tarde desta segunda-feira (1º), as vítimas do terremoto do Chile não chegavam a 800. No Haiti, as últimas estatísticas indicam que o número de mortos passa de 230 mil.

Para Rosa, a diferença discrepante ocorre porque o ponto onde houve o terremoto haitiano era muito mais próximo a locais habitados do que no Chile. "O sismo do Haiti foi praticamente embaixo do centro da cidade".

O professor compara o terremoto a uma bomba. "É como se fosse uma explosão. Quanto mais longe, menor as consequências. No Chile, a sorte é que não foi próximo às maiores cidades".

Além disso, Rosa explica que as construções no Chile são mais preparadas para terremotos e o país tem um mapa das áreas de risco para prever quais são os lugares mais vulneráveis a terremotos.

'Filhotes' de terremoto

Assim como ocorreu no Haiti, os chilenos agora estão expostos ás chamadas "réplicas" do terremoto. São tremores menores que costumam ocorrer após um grande abalo sísmico.

"Quando há um terremoto grande ocorre um deslocamento razoável das camadas de rocha em profundidade. O que acontece depois é um acomodamento dessas camadas", ensina o diretor do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (USP), Colombo Tassinari.

Segundo ele, os tremores subsequentes costumam ser menores do que o principal. "Não costuma ocorrer outro grande terremoto em pouco espaço de tempo, mas em até um mês é possível que tenhamos outras réplicas", conta.

Tsunami

No Chile, os tremores provocaram um tsunami que atingiu a costa do país. O mesmo evento não foi registrado no Haiti. Segundo Rosa, da UnB, a explicação disso é a magnitude do abalo sísmico. "O terremoto do Chile liberou mais de cem vezes energia do que o terremoto do Haiti."

O professor conta que, ao contrário dos tremores, os tsunamis são previsíveis. "Se a população é alertada, os governos dessas localidades conseguem evacuar as áreas mais baixas e remover as embarcações dos portos para o mar aberto, onde a onda tem uma amplitude muito pequena."

Magnitude e intensidade

Um terremoto como o do Chile, com magnitude 8,8, é bastante raro. Essa “raridade” significa que ocorre um desses por ano, em média. Para entender: a fim de comparar os tamanhos relativos dos terremotos, o sismólogo americano Charles F. Richter, do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), formulou em 1935 uma progressão logarítmica com base na amplitude dos registros das ondas superficiais de choque captadas pelas estações sismológicas: cada ponto corresponde a 10 vezes a amplitude das vibrações do ponto anterior e a 30 vezes a energia liberada.

A “escala” Richter não tem limite inferior nem superior. Tremores tímidos podem ter magnitude negativa. O máximo depende só da natureza.

Existe uma outra medida, diferente da Richter, que é a escala de intensidade dos efeitos do tremor, chamada Mercalli Modificada, sempre estimada.

A Richter indica precisamente a magnitude do terremoto. A MM estima a intensidade do evento.

Ela classifica os efeitos que as ondas de choque provocam em um determinado lugar. É extraída de observação e relatos de vítimas, não de instrumentos. Portanto, está sujeita a subjetividades. Além disso, um tremor de alta magnitude no Japão, com edificações concebidas para resistir a terremotos, atinge pontos na escala Mercalli muito mais baixos do que em um país despreparado para enfrentar o fenômeno.

Terremotos com magnitude igual ou superior aos 7 graus na escala Richter, como o que atingiu o Haiti no dia 12 de janeiro, são mais comuns do que se pensa. De acordo com estimativa do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês), 17 tremores de magnitude entre 7 e 7,9 ocorrem todos os anos no mundo. Acima disso, pelo menos um terremoto com magnitude de no mínimo 8 é registrado anualmente. Terremotos entre 6 e 6,9 são mais de 130 por ano.

FONTE:http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1510491-5603,00-TERREMOTOS+NO+CHILE+E+NO+HAITI+OCORRERAM+POR+TIPO+DISTINTO+DE+MOVIMENTO+TEC.html


domingo, 31 de janeiro de 2010

Formigas doentes preferem ir morrer na solidão

Quando sente que vai morrer, a formiga abandona o formigueiro. Passa os últimos momentos na solidão.
Quase tão inesperado quanto o comportamento dos animais é o dos cientistas alemães responsáveis pela descoberta. O trabalho deles é passar o dia acompanhando um "Big Brother Formiga" e, depois, procurar explicar as atitudes dos animais.
O responsável pelo estudo é Jürgen Heinze, da Universidade de Regensburg (Alemanha), uma espécie de Pedro Bial do formigueiro. No caso das formigas moribundas solitárias, a explicação que ele propõe parte da ideia de que quase ninguém, na natureza, morre de velho.
Grandes grupos de seres idosos são uma anomalia histórica criada recentemente pelos humanos. Na vida selvagem, morre-se muito antes de envelhecer. Em geral, a razão é alguma doença, muitas delas transmissíveis. Imagine quantas vezes você já teria ficado à beira da morte se, como as formigas, não tivesse acesso à medicina.
A questão é que sociedades são o cenário perfeito para que doenças transmissíveis se espalhem. Como formigas são seres que vivem em complexas sociedades, afastar-se durante a doença é uma maneira muito eficiente de evitar que mais animais se contaminem no formigueiro. Em termos evolutivos, formigas que tinham esse comportamento beneficiavam a sobrevivência de toda a comunidade e, assim, de vários dos seus próprios genes.
Os cientistas não observaram as formigas doentes sendo atacadas por outras ou forçadas a abandonar os formigueiros. Elas simplesmente iam embora por "vontade" própria.
O trabalho foi feito com uma espécie em particular de formiga (aTemnothorax unifasciatus), mas os cientistas acreditam que encontrariam o mesmo altruísmo em outras espécies com a mesma estrutura de sociedade (leia mais ao lado), como abelhas ou vespas.
Espiadinha
Os cientistas retiraram os formigueiros de seus lugares de origem, no meio do mato, e os levaram para o laboratório. Eles foram delicadamente colocados em caixas de plástico, que facilitavam a observação de cada um dos animais.
"Foi algo bem fácil de fazer. Nós simplesmente sentamos em um microscópio e vemos o que está acontecendo. As colônias de T. unifasciatus [a espécie de formiga utilizada] são bastante pequenas, então, de poucos em poucos minutos, é possível rastrear o estado comportamental de todas as formigas", diz Heinze.
Foram vários os experimentos, que serão publicados na revista "Current Biology". Em um, os pesquisadores infectavam algumas formigas com fungos fatais e marcavam os animais destinados à morte com arame. Em outro, observavam formigas que morriam sozinhas, sem interferência humana. Em ambos os casos, os animais iam, salvo raras exceções, morrer no exílio.
Para Heinze, ainda há muito a pesquisar sobre as formigas, como o seu comportamento de acasalamento e os meios de resolução de conflitos, que podem acabar em lutas fatais.

FONTE:http://noticias.bol.uol.com.br/ciencia/2010/01/30/formigas-doentes-preferem-ir-morrer-na-solidao.jhtm

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Cientistas conseguem dar nó em feixe de luz

Experiência inédita foi possível graças a hologramas e à aplicação de teoria da matemática abstrata. (da BBC)

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Representação de nós em feixes de luzes. Feito dos cientistas britânicos é inédito (Foto: Universidade de Bristol/Divulgação )

Uma equipe de físicos britânicos conseguiu dar vários nós em feixes de luz, em uma experiência inédita relatada em artigo na revista científica "Nature Physics".

Segundo os especialistas, o feito foi possível graças à chamada "Teoria dos Nós", um ramo da matemática abstrata inspirado nos nós cotidianos, como os de cordas e sapatos.

"Em um feixe, o fluxo de luz no espaço é semelhante ao das águas de um rio", explicou Mark Dennis, da Universidade de Bristol e principal autor do estudo. "Apesar de correr em uma linha reta, a luz também pode fluir em voltas e redemoinhos, formando linhas no espaço chamadas de vórtices ópticos."

"Ao longo desses vórtices, a intensidade da luz é zero. Toda a luz à nossa volta é cheia dessas linhas negras, apesar de não podermos vê-las", disse.

Laser

Vórtices ópticos podem ser criados com hologramas que direcionam o fluxo de luz.

Neste estudo, a equipe desenhou hologramas usando a teoria dos nós. E com esses hologramas, conseguiram criar nós em vórtices ópticos.

Para os cientistas, a compreensão de como controlar a luz tem importantes implicações para a tecnologia a laser usada em vários campos, da medicina à indústria.

"O sofisticado desenho de hologramas necessário para a nossa experiência mostra um avançado controle óptico, o que pode sem dúvida vir a ser usado em futuros aparelhos a laser", disse Miles Padgett, da Universidade de Glasgow.

FONTE:  http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MRP1453502-5603,00.html

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Santo Antônio de Pádua, Rio de Janeiro, Brazil
Professor