domingo, 28 de março de 2010

Australiano com sangue raro já salvou 2,2 milhões de bebês

Plasma sanguíneo de James Harrison é usado em vacina.
Em mais de uma década, ele fez 984 doações de sangue.

O australiano James Harrison, dono de um tipo sanguíneo raro, já salvou a vida de 2,2 milhões de recém-nascidos, incluindo a do próprio neto.

Seu plasma sanguíneo é usado na criação de uma vacina aplicada em mães para evitar que seus bebês sofram da doença de Rhesus, também conhecida como doença hemolítica ou eritroblastose fetal.

A doença causa incompatibilidade entre o feto e a mãe. A doença acontece quando o sangue da mãe é Rh- e, o do bebê é Rh+. Após uma primeira gravidez nestas condições ou após ter recebido uma transfusão contendo sangue Rh+, a mãe cria anticorpos que passam a atacar o sangue do bebê.

Vacina Anti-D previne a formação de anticorpos contra eritrócitos Rh-positivos em pessoas Rh-negativas

O sangue de Harrison, de 74 anos, no entanto, é capaz de tratar essa condição mesmo depois do nascimento da criança, prevenindo a doença.

Após as primeiras doações à Cruz Vermelha australiana, descobriu-se a qualidade especial do sangue de Harrison. Foi quando ele ganhou o apelido de "o homem com o braço de ouro".

"Nunca pensei em parar de doar", disse Harrison à mídia local. Em mais de uma década, ele fez 984 doações de sangue e deve chegar a de número mil ainda nesse ano.

Harrison se tornou voluntário de pesquisas e testes que resultaram no desenvolvimento de uma vacina conhecida como Anti-D, que previne a formação de anticorpos contra eritrócitos Rh-positivos em pessoas Rh-negativas.

Antes da vacina Anti-D, Rhesus era a causa de morte e de danos cerebrais de milhares de recém-nascidos na Austrália.

Aos 14 anos de idade, Harrison teve de passar por uma cirurgia no peito e precisou de quase 14 litros de sangue para sobreviver. A experiência foi o que o levou, ao completar 18 anos de idade, a passar a doar com constância o próprio sangue.

Seu sangue foi considerado tão especial que o australiano recebeu um seguro de vida no valor de um milhão de dólares australianos, o equivalente a R$ 1,8 milhão.

23/03/10 - 11h58 - Atualizado em 23/03/10 - 12h02

FONTE: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1541164-5603,00-AUSTRALIANO+COM+SANGUE+RARO+JA+SALVOU+MILHOES+DE+BEBES.html

terça-feira, 16 de março de 2010

Casal que fazia sexo em carro ligado dentro de garagem morre em Moscou

Ele foram intoxicados pelo monóxido de carbono, disse a polícia.
Segundo a polícia, eles teriam ligado o motor para se aquecer.

16/03/10 - 12h14 - Atualizado em 16/03/10 - 12h25

Um casal russo que estava tendo relações sexuais dentro de um carro estacionado em uma minúscula garagem morreu de intoxicação por monóxido de carbono, informou a agência de notícias Interfax nesta terça-feira (16).

"Um homem e uma mulher voltaram para o seu Volkswagen para ter relações sexuais... Provavelmente os amantes ligaram o motor para se aquecerem", disse a Interfax, citando a polícia de Moscou.

Durante um momento de "proximidade íntima", no sul de Moscou, o casal inalou o gás e morreu, disse a polícia.

Muitos russos mantém seus carros em garagens de ferro semelhantes a caixas próximas a suas casas.

FONTE:http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1531486-5602,00-CASAL+QUE+FAZIA+SEXO+EM+CARRO+LIGADO+DENTRO+DE+GARAGEM+MORRE+EM+MOSCOU.html

segunda-feira, 1 de março de 2010

Terremotos no Chile e no Haiti ocorreram por tipo distinto de movimento tectônico

Terremotos no Chile e no Haiti ocorreram por tipo distinto de movimento tectônico

O terremoto no Chile e o que atingiu o Haiti em 12 de janeiro são causados por fenômenos geológicos diferentes, embora ambos façam parte do lento e sutil movimento de placas tectônicas, que é constante.

A crosta da Terra é constituída por cerca de uma dúzia de grandes placas tectônicas (ou litosféricas), delimitadas por grandes “falhas”. O movimento da camada mais externa da Terra, mesmo que sejam só poucos centímetros por ano, produz tensões que vão se acumulando em vários pontos.

Os terremotos são efeitos desse processo geológico de acúmulo lento e liberação rápida de tensões entre as placas, quando as rochas atingem o limite de resistência e ocorre uma ruptura. O tamanho da área de ruptura, grande ou pequeno, determina se o evento será um abalo quase imperceptível ou um terremoto. Quanto maior a área de ruptura, maior a violência das vibrações emitidas.

Dependendo das características físicas das placas, do ângulo e da velocidade dos impactos, a trombada pode provocar o mergulho da placa mais densa sob a outra, o enrugamento e elevação das bordas das duas placas ou o deslizamento lateral entre ambas. A falha de San Andreas , na Califórnia, é desse tipo: as placas têm densidades semelhantes que colidem obliquamente.

O terremoto no Chile foi um exemplo de mergulho de uma placa (a de Nazca, no Oceano Pacífico) para debaixo da outra (a Sul-Americana). O terremoto no Haiti foi um deslizamento lateral entre placas (a Caribenha e a Norte-Americana, em um fronteira conhecida como Zona de Falha Enriquillo-Plantain Garden).

Além disso, no caso do abalo no Chile, apesar de ter magnitude extrema (8,8), seu hipocentro foi no mar, a 35 km de profundidade. O do Haiti, com magnitude 7, foi a 10 km da superfície. Hipocentro é o ponto de ruptura inicial, também chamado de foco do tremor – ou onde início do terremoto “aconteceu mesmo”. Epicentro é a projeção do hipocentro na superfície.

Movimentação da América do Sul

O professor João Willy Corrêa Rosa, do Instituto de Geociências da Universidade de Brasília (UnB), explica que o choque entre as placas tectônicas na costa do Chile está associada ao movimento que a América do Sul faz em direção ao oeste, afastando-se da África.

"A tendência é o Oceano Atlântico ficar cada vez mais largo, cerca de 10 centímetros por ano, enquanto o Pacífico vai encurtando", conta Rosa. Segundo ele, o mesmo fenômeno também é responsável pelo surgimento da Cordilheira dos Andes e seus vulcões.

Número de mortos

Até a tarde desta segunda-feira (1º), as vítimas do terremoto do Chile não chegavam a 800. No Haiti, as últimas estatísticas indicam que o número de mortos passa de 230 mil.

Para Rosa, a diferença discrepante ocorre porque o ponto onde houve o terremoto haitiano era muito mais próximo a locais habitados do que no Chile. "O sismo do Haiti foi praticamente embaixo do centro da cidade".

O professor compara o terremoto a uma bomba. "É como se fosse uma explosão. Quanto mais longe, menor as consequências. No Chile, a sorte é que não foi próximo às maiores cidades".

Além disso, Rosa explica que as construções no Chile são mais preparadas para terremotos e o país tem um mapa das áreas de risco para prever quais são os lugares mais vulneráveis a terremotos.

'Filhotes' de terremoto

Assim como ocorreu no Haiti, os chilenos agora estão expostos ás chamadas "réplicas" do terremoto. São tremores menores que costumam ocorrer após um grande abalo sísmico.

"Quando há um terremoto grande ocorre um deslocamento razoável das camadas de rocha em profundidade. O que acontece depois é um acomodamento dessas camadas", ensina o diretor do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (USP), Colombo Tassinari.

Segundo ele, os tremores subsequentes costumam ser menores do que o principal. "Não costuma ocorrer outro grande terremoto em pouco espaço de tempo, mas em até um mês é possível que tenhamos outras réplicas", conta.

Tsunami

No Chile, os tremores provocaram um tsunami que atingiu a costa do país. O mesmo evento não foi registrado no Haiti. Segundo Rosa, da UnB, a explicação disso é a magnitude do abalo sísmico. "O terremoto do Chile liberou mais de cem vezes energia do que o terremoto do Haiti."

O professor conta que, ao contrário dos tremores, os tsunamis são previsíveis. "Se a população é alertada, os governos dessas localidades conseguem evacuar as áreas mais baixas e remover as embarcações dos portos para o mar aberto, onde a onda tem uma amplitude muito pequena."

Magnitude e intensidade

Um terremoto como o do Chile, com magnitude 8,8, é bastante raro. Essa “raridade” significa que ocorre um desses por ano, em média. Para entender: a fim de comparar os tamanhos relativos dos terremotos, o sismólogo americano Charles F. Richter, do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), formulou em 1935 uma progressão logarítmica com base na amplitude dos registros das ondas superficiais de choque captadas pelas estações sismológicas: cada ponto corresponde a 10 vezes a amplitude das vibrações do ponto anterior e a 30 vezes a energia liberada.

A “escala” Richter não tem limite inferior nem superior. Tremores tímidos podem ter magnitude negativa. O máximo depende só da natureza.

Existe uma outra medida, diferente da Richter, que é a escala de intensidade dos efeitos do tremor, chamada Mercalli Modificada, sempre estimada.

A Richter indica precisamente a magnitude do terremoto. A MM estima a intensidade do evento.

Ela classifica os efeitos que as ondas de choque provocam em um determinado lugar. É extraída de observação e relatos de vítimas, não de instrumentos. Portanto, está sujeita a subjetividades. Além disso, um tremor de alta magnitude no Japão, com edificações concebidas para resistir a terremotos, atinge pontos na escala Mercalli muito mais baixos do que em um país despreparado para enfrentar o fenômeno.

Terremotos com magnitude igual ou superior aos 7 graus na escala Richter, como o que atingiu o Haiti no dia 12 de janeiro, são mais comuns do que se pensa. De acordo com estimativa do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês), 17 tremores de magnitude entre 7 e 7,9 ocorrem todos os anos no mundo. Acima disso, pelo menos um terremoto com magnitude de no mínimo 8 é registrado anualmente. Terremotos entre 6 e 6,9 são mais de 130 por ano.

FONTE:http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1510491-5603,00-TERREMOTOS+NO+CHILE+E+NO+HAITI+OCORRERAM+POR+TIPO+DISTINTO+DE+MOVIMENTO+TEC.html


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